O cobre fechou em queda nesta quarta-feira, em sessão cujas atenções foram voltadas para a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que subiu pela primeira vez os juros no continente em 11 anos. A perspectiva de crise energética na Europa, com a redução das entregas de gás da Rússia, também foi observada, assim como notícias sobre a pandemia de covid-19 na China.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro recuou 0,80%, a US$ 3,2985 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses recuava 0,44%, a US$ 7.298,50, por volta de 14h30 (de Brasília).
A decisão do BCE de elevar em 50 pontos-base os juros básicos na zona do euro colocou pressão sobre ativos de risco. No câmbio, porém, o dólar perdeu força ante rivais, em movimento que tende a beneficiar commodities cotadas na divisa americana, como o cobre e outros metais industriais.
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Ainda no cenário europeu, a Rússia retomou as entregas de gás para a Alemanha por meio do gasoduto Nord Stream 1. Ainda assim, companhias europeias ainda podem enfrentar uma escassez durante o inverno local, ressalta a Fitch Ratings.
“Os metais industriais ficarão vulneráveis a riscos idiossincráticos à oferta, à medida que a Europa entra no inverno e tem seu suprimento ameaçado pelos altos preços do gás”, o que pode provocar cortes na fundição dos metais, diz o TD Securities. Por fim, investidores seguem de olho na piora dos casos de covid-19 na China. O país registrou ontem 906 novos casos, maior número desde 20 de maio.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio avançava 0,50%, a US$ 2.434,00; a do chumbo recuava 1,07%, a US$ 1.996,00; a do níquel aumentava 1,73%, a US$ 21.515,00; a do estanho recuava 0,82%, a US$ 24.795,00; a do zinco tinha baixa de 1,37%, a US$ 2.951,00.