Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta quarta-feira, pressionados por preocupações renovadas com a demanda chinesa. As perdas, no entanto, foram contidas pelo arrefecimento do dólar, que reagiu ao resultado do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega agendada para dezembro encerrou a sessão com perda de 0,99%, a US$ 3,5195 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h41 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 0,45%, a US$ 7.794,00.
“Nosso indicador da demanda global por commodities continua a apontar para a deterioração das condições, em linha com uma desaceleração contínua nos sinais de crescimento global e uma vez que os bloqueios chineses continuam sendo um grande obstáculo ao crescimento”, analisa o TD Securities.
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A Fitch diminuiu a estimativa para expansão do PIB chinês em 2022, de 3,7% a 2,8%, e em 2023, de 5,3% a 4,5%. “Tivemos uma tempestade perfeita para a economia global nos últimos meses, com a crise do gás na Europa, uma forte aceleração nos aumentos das taxas de juros e uma queda cada vez maior no mercado imobiliário na China“, diz a agência.
Após a impressão do CPI dos EUA de terça-feira, “os mercados estavam extremamente brutais, pois o único ativo seguro era o rali do dólar”, disse Zenon Ho, da Marex, em nota. “Para colocar em perspectiva, Wall Street viu sua pior liquidação desde junho de 2020”, diz Ho, acrescentando que o otimismo geral em metais foi perdido na Europa e na China.
Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio caía 1,28%, a US$ 2.278,50; a do chumbo avançava 0,56%, a US$ 1.963,50; a do níquel subia 0,58%, a US$ 24.240,00; a do zinco tinha alta de 0,68%, a US$ 3.242,00; a do estanho subia 2,64%, a US$ 21.400,00.