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Cobre fecha em queda de 2% com dólar forte após Fed sinalizar alta de juros

Cobre fecha em queda de 2% com dólar forte após Fed sinalizar alta de juros
Foto: Pixabay

Os contratos futuros de cobre fecharam em queda de cerca de 2% nesta quinta-feira, penalizados pelo fortalecimento do dólar após decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). Ontem, o BC americano manteve juros inalterados, mas sinalizou que deve aumentar a taxa básica em breve, provavelmente em março.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), cobre com entrega agendada para março encerrou a sessão em baixa de 2,03%, a US$ 4,4235 a libra-peso. Por volta das 15h, na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 1,69%, a US$ 9.738,00 por tonelada.

Os mercados financeiros no mundo continuaram digerindo os detalhes do anúncio de ontem do Fed. A expectativa pelo iminente aperto monetário forneceu particular impulso ao dólar, com o índice DXY nas máximas desde junho de 2020. A apreciação da divisa americana pesou sobre commodities no exterior, ao torná-las mais caras e, dessa forma, menos atraentes.

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O movimento se intensificou depois que o Departamento do Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu à taxa anualizada de 6,9% no quarto trimestre de 2021, bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal (+5,5%). No ano passado como um todo, a expansão foi de 5,7%, a maior desde 1984.

No horário citado acima, o alumínio tinha leve variação negativa de 0,05%, a US$ 3.098,50, na LME. Segundo o Commerzbank, o metal vem registrando considerável escalada nos últimos dias, em meio ao crescente risco de invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Isso pode levar a interrupções nas exportações – pelo menos é o que muitos participantes do mercado acreditam. Eles apontam para o aumento dos preços do alumínio em abril de 2018, quando os EUA aplicaram sanções aos oligarcas russos e suas empresas”, lembra o banco.

Em análise sobre metais básicos em geral, a Capital Economics avalia que a produção ficará fraca ao longo do início de 2022, mas deve começar a se recuperar em meados do ano. Diante da demanda baixa na China, os estoques voltarão a crescer, no entendimento da consultoria. “Como resultado, projetamos preços mais baixos de metais básicos até o final de 2022”, prevê, estimando a tonelada de cobre na LME em US$ 8,5 mil no fim do ano.

Entre outros metais na LME, o preço da tonelada do chumbo recuava 0,73%, a US$ 2.311,00; do níquel baixava 1,25%, a US$ 22.485,00; do estanho cedia 0,93%, a US$ 41.905,00; e do zinco subia 0,29%, a US$ 3.633,50.

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