Cobre recua, com pouca líquidez e intervenções na Indonésia no radar

Os contratos futuros de cobre recuaram hoje (25), em sessão com liquidez reduzida, em virtude do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Um dos principais temas observados pelo mercado de metais industriais é uma potencial restrição nas exportações por parte do governo da Indonésia, país que sedia a segunda maior mina de cobre do mundo, e que pode ter influência no mercado de outras commodities, como o alumínio.

No pregão eletrônico da Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro cedeu 0,48%, a US$ 4,4375 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), tonelada do metal para três meses caia 0,62%, a US$ 9.774,00, por volta das 15h25 (de Brasília).

O Commerzbank destaca a notícia de que na reunião anual do banco central da Indonésia, o presidente do país, Joko Widodo, anunciou que as exportações de mais matérias serão limitadas nos próximos anos, dentre elas a bauxita, que é a base para o alumínio, já em 2022. O banco alemão aponta que a nação é a quinto maior produtora global do produto. Além disso, no caso do cobre, as exportações do produto concentrado devem ser proibidas a partir de 2023, de acordo com a análise, que lembra que o país insular é sede da Grasberg, segunda maior mina do metal mundo.

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Sobre as intenções do governo de Jacarta, o Commerzbank explica que Widodo espera tornar o saldo da conta corrente da Indonésia positivo por meio da fabricação e exportação de produtos de alta qualidade, em detrimento de matérias primas. Em contrapartida, para atrair investimentos estrangeiros, o país vem fazendo uma série de apostas em energias renováveis.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 0,48%, a US$ 2.717,00, a do níquel tinha queda de 0,51%, a US$ 20.740,00, a do chumbo subia 0,80%, a US$ 2.281,50, e a do zinco recuava 0,42%, a US$ 3.308,00, e a do estanho perdia 0,2%, a US$ 39.875,00.