Os contratos futuros de cobre subiram nesta quarta-feira, em meio à queda do dólar, que se ajusta antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). Além disso, o mercado segue monitorando o avanço da pandemia de covid-19 na China, que é o maior importador de cobre do mundo.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho fechou a sessão em alta de 1,28%, a US$ 4,338 a libra-peso. Já na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 0,99%, a US$ 9.548,500 a tonelada, por volta das 14h15 (de Brasília).
Para o ING, a deterioração da situação do covid-19 na China é um dos principais ventos contrários que pesam sobre os metais. Na capital Pequim, novas instalações hospitalares estão sendo construídas, de acordo com a Associated Press. Um total de 1 mil leitos já foram feitos no distrito de Xiaotangshan, segundo autoridade da cidade, e outros 1 mil já foram instalados no Centro Nacional de Exposições da China no último sábado. Já a cidade de Zhengzhou começou a impor bloqueios, que vão durar até dia 10 de maio.
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De acordo com o TD Securities, os prêmios de risco de fornecimento de metais estão caindo, à medida que uma enxurrada de metal chega na LME em meio a problemas de demanda chinesa. “Os bloqueios estão acabando com o apetite por matérias-primas, elevando os estoques domésticos, enquanto a desvalorização do yuan está exacerbando o incentivo para os comerciantes enviarem metal para a bolsa da LME”, destaca, em relatório enviado a clientes.
O Commerzbank destaca que o International Copper Study Group (ICSG), que ontem publicou previsões atualizadas sobre o mercado global de cobre, prevê que a demanda pelo metal crescerá apenas 2% este ano. “Será mantido sob controle devido ao crescimento econômico mais fraco em meio à guerra na Ucrânia e pelos efeitos negativos das medidas de bloqueio relacionadas à pandemia na China”, explica.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada de alumínio subia 1,86%, a US$ 2.982,50; a do chumbo tinha alta de 1,31%, a US$ 2.285,00; a do níquel caía 1,38%, a US$ 30.720,00; a do estanho avançava 0,75%, a US$ 40.705,00; e a do zinco subia 1,99%, a US$ 3.976,50.