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Coletivo de criptomoedas pede proteção contra falência nos EUA; entenda o caso

O pedido foi feito depois que os detentores de tokens o acusaram de violar seus deveres para com os usuários

Coletivo de criptomoedas pede proteção contra falência nos EUA; entenda o caso
Criptomoedas (Imagem: Adobe Stock)

O coletivo de criptomoedas Hector DAO entrou com pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos, depois que os detentores de tokens o acusaram de violar seus deveres para com os usuários. A Hector, uma organização autônoma descentralizada, ou DAO, disse em documentos judiciais apresentados no Tribunal de Falências dos EUA em Nova Jersey, na segunda-feira (17), que o objetivo de seu registro é interromper um processo movido por “um pequeno número” de detentores de tokens nos EUA, alegando quebras de contrato e dever fiduciário. O celetivo foi colocado sob administração judicial nas Ilhas Virgens Britânicas em fevereiro.

James Drury, um administrador judicial da Hector, disse em uma declaração juramentada que o processo está interferindo nos esforços para preservar os ativos do coletivo e atrasará a distribuição de ativos aos detentores de tokens. Além do processo, os desafios financeiros do Hector incluíram um hack em janeiro que resultou em um roubo de US$ 2,7 milhões, bem como o colapso da moeda Terra em maio de 2022, resultando em uma perda de US$ 16,4 milhões.

Formado em 2021, o Hector era um grupo de detentores de criptoativos que utilizavam a Rede Hector, um conjunto de contratos inteligentes baseados em blockchain. Os comerciantes se tornaram detentores de tokens Hector DAO ao adquirirem tokens de ativos cripto conhecidos como Hec, que poderiam ser comprados transferindo outros tipos de ativos para a carteira Hector. Os detentores de tokens Hec poderiam então votar em tudo, desde decisões de investimento até eventos comunitários.

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Hector DAO fez investimentos no valor de milhões de dólares de acordo com os votos dos detentores de tokens Hec, afirmou  Drury. Esses negócios DeFi permitem que os usuários negociem ativos diretamente entre si no blockchain, em vez de usar uma plataforma intermediária como uma bolsa. À medida que as operações DeFi ganharam força junto ao público nos últimos anos, os reguladores prestaram mais atenção ao setor.

A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) dos EUA reprimiu no ano passado as empresas financeiras descentralizadas Opyn, ZeroEx e Deridex, que concordaram em resolver as alegações dos reguladores de que ofereciam ilegalmente negociação de derivativos em cripto.

A CFTC categorizou as três empresas como protocolos DeFi, que são protocolos de software baseados em blockchain e contratos inteligentes que funcionam essencialmente como plataformas de negociação e supostamente oferecem aos usuários a capacidade de fazer transações fora do sistema financeiro regulamentado.

Os administradores de Hector argumentaram em seu processo que os procedimentos nos EUA também aumentarão suas chances de obter informações de plataformas centralizadas dos EUA sobre o hack.

Fonte: Dow Jones Newswires

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