As concessões de crédito consignado para trabalhadores do setor privado cresceram 4,3% em outubro, na comparação com setembro, informou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira. O montante passou de R$ 6,400 bilhões (dado revisado, de R$ 6,399 bilhões) para R$ 6,676 bilhões no período.
Os números refletem o impulso do novo modelo de consignado privado, o Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo no fim de março. O saldo da modalidade cresceu 9,6% em outubro, para um total de R$ 65,113 bilhões.
A taxa média de juros do consignado privado aumentou de 58,4% ao ano em setembro para 59,0% em outubro. O governo espera que, com o Crédito do Trabalhador, o tomador migre para linhas com taxas mais baixas. O comportamento dos juros no consignado privado, porém, tem registrado alta neste primeiro momento, refletindo a adaptação de instituições financeiras à modalidade e o interesse pelo segmento.
Um estudo publicado pelo BC no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre mostra que a taxa média de juros do novo consignado privado atingiu 58,0% ao ano no período de março a julho, acima do consignado tradicional baseado em convênios existentes entre instituições financeiras e empresas (36,2%), mas abaixo do crédito pessoal não consignado (106%).