O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,4 pontos em março, após cinco meses consecutivos de queda e um de estabilidade, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador atingiu 94,4 pontos, a maior marca desde outubro de 2022 (95,7).
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O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) registrou alta de 0,3 ponto porcentual nesta leitura, a 79,0%, após recuar por oito meses seguidos.
O economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini atribui a elevação do ICI à melhora nas expectativas em relação aos próximos meses. “Há uma perspectiva mais favorável para a produção e novas contratações que parece mirar um horizonte melhor da tendência dos negócios nos próximos seis meses”, diz, em nota.
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Pacini ressalta, porém, que os empresários ainda percebem dificuldades, “enfrentando os problemas no escoamento dos estoques, fruto do nível baixo de atividade no momento”. Portanto, apesar da sinalização positiva, o economista pondera que é necessário cautela devido à permanência do cenário de alta incerteza econômica.
O Índice de Expectativas (IE) avançou 6,1 pontos em março, a 97,5, o maior nível desde setembro de 2022 (98,0). O Índice Situação Atual (ISA), por outro lado, recuou 1,3 ponto, a 91,5, o menor nível desde junho de 2020 (89,1 pontos). Houve alta da confiança em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela sondagem.
Nas aberturas do IE, o indicador que mede o emprego previsto para os próximos três meses avançou 7,0 pontos, a 101,8, retornando ao nível observado em outubro de 2022, enquanto a produção prevista para o mesmo período de tempo avançou 5,9 pontos, a 96,4, o melhor resultado desde junho de 2022 (102,9).
No horizonte de seis meses, houve melhora da tendência dos negócios, com alta de 4,8 pontos, a 94,2, o melhor resultado desde setembro de 2022 (98,5). Apesar do avanço, o indicador se mantém abaixo do nível de neutralidade desde setembro de 2021 (102,7).
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Entre os componentes do ISA, o indicador que mede o nível de estoques recuou 2,7 pontos, a 109,3 – quando acima de 100 pontos, esse indicador sinaliza estoques excessivos. A percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios contraiu 0,8 ponto, a 92,1, e o nível de demanda caiu 0,3 ponto, a 92,5.