O governo do Paraná saiu na frente e deu o pontapé para iniciar a privatização da Companhia Paranaense de Energia — Copel (CPLE6). Nesta quarta-feira (26), a companhia anunciou a oferta de ações em bolsa, que pode alcançar R$ 5 bilhões, em processo marcado para acontecer no próximo 8 de agosto. O anúncio na operação para o final deste mês foi antecipada pelo Broadcast em 16 de junho.
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Conforme comunicado enviado ao mercado há pouco, a oferta pública de distribuição primária e secundária será de, inicialmente, 549.171.000 ações ordinárias de emissão da companhia, sendo a distribuição primária de, inicialmente, 229.886.000 ações a serem emitidas pela companhia; e secundária de, inicialmente, 319.285.000 ações detidas e a serem alienadas pelo governo do Estado do Paraná.
O preço de referência é de R$ 7,85 por ação e a oferta básica, dessa forma, pode movimentar R$ 4,3 bilhões. No entanto, conforme informa a companhia, considerando um lote suplementar de 15%, a oferta pode alcançar R$ 4,9 bilhões. A oferta foi encaminhada para análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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A Copel informou ainda que a oferta contará com uma tranche prioritária para acionistas da companhia, bem como alocação para empregados e aposentados da Companhia e também para investidores de varejo, nos termos e condições previstos no prospecto preliminar da oferta que estão no site da empresa.
A operação tem um lockup de 180 dias, durante os quais os administradores e o acionista vendedor assumiram o compromisso de não vender ações de emissão da companhia.
A operação acontece antes mesmo do Tribunal de Contas da União (TCU) dar aval sobre o bônus de outorga a ser pago pela Copel na renovação de concessões hidrelétricas, de R$ 3,7 bilhões. Parte da captação da oferta será justamente para pagar esse valor. No dia 6 de julho, o ministro do TCU Vital do Rêgo pediu vistas durante a votação, o que prorroga o prazo de análise em 30 dias.
Na expectativa de ganhar as manchetes com uma privatização brilhante, bancos e o governo paranaense vinham tentando colocar a operação no mercado no fim deste mês, ainda para pegar a janela de captação antes das férias de verão no Hemisfério Norte. Essa é uma operação que tem potencial de gerar grande interesse de investidores estrangeiros.
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A operação tem como coordenador líder o BTG Pactual, e inclui ainda Bradesco BBI, UBS BB e Itaú BBA, este último devendo atuar como agente estabilizador. O Morgan Stanley também foi contratado e a modelagem de privatização foi feita pela Banco Genial.