

O dólar hoje fechou a sessão desta quinta-feira (20) com alta de 0,49% ante o real, a R$ 5,6758. Investidores ainda repercutem a “Super Quarta”, dia de reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Lá fora, o Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros americana inalterada no intervalo entre 4,25% e 4,5%. Depois, por aqui, o Copom seguiu o consenso e elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual para 14,25% ao ano, o maior patamar desde 2016.
A moeda americana passou todo o pregão em alta, seguindo a tendência de valorização no exterior. O desempenho corrigiu parte dos ganhos registrados logo após a decisão do Fed, frente a mensagem de cautela na condução de política monetária nos EUA. “Apesar das sinalizações positivas do Fed ontem, os principais mercados acionários passam por ajustes negativos mundo afora. Jerome Powell disse que pode esperar por maior clareza sobre o impacto do ‘Tarifaço’ de Donald Trump”, destaca a Ágora Investimentos em relatório.
“A alta do dólar nesta sessão reflete um ajuste de posições após uma sequência positiva do real, que vem se valorizado mais de forma acentuada no mês de março em conjunto com o fortalecimento do dólar a nível global na sessão de hoje”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
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O aumento do diferencial de juros entre os dois países costuma ser positivo para o real, pois favorece a entrada de capital estrangeiro no mercado brasileiro em operações de carry trade. Depois da decisão do Fed, nos EUA, o dólar à vista renovou a mínima de 2025 e fechou a quarta-feira (19) a R$ 5,64. Mas o mercado de câmbio local não conseguiu se desprender do exterior e encerrou a sequência de sete pregões consecutivo de queda que vinha registrando.