

O lucro líquido da Dexco (DXCO3) – fabricante de materiais de construção, painéis de madeira e celulose – caiu 59,2% na comparação entre o segundo trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, chegando a R$ 38,5 milhões.
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O lucro líquido da Dexco (DXCO3) – fabricante de materiais de construção, painéis de madeira e celulose – caiu 59,2% na comparação entre o segundo trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, chegando a R$ 38,5 milhões.
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No critério recorrente (que exclui itens como baixas de estoques, reestruturação das fábricas e variações no valor dos ativos biológicos), o lucro líquido caiu 71,5% na mesma base de comparação anual, para R$ 29,9 milhões.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve retração de 8%, indo a R$ 584,4 milhões. A margem Ebitda caiu 4,3 p.p., para 27,5%. No critério ajustado e recorrente, o Ebitda teve alta de 17,6%, para R$ 442,6 milhões, enquanto a margem Ebitda cresceu 2 p.p., para 20,9%.
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A receita consolidada do grupo cresceu 6,3%, totalizando R$ 2,1 bilhão.
Segundo a Dexco, houve um desempenho positivo na Divisão Madeira, com demanda aquecida por painéis, além de novos negócios florestais no período. Isso compensou parcialmente os resultados mais fracos nas Divisões de Revestimentos Cerâmicos, e de Louças e Metais Sanitários.
A joint venture (cooperação entre empresas que geralmente implica em uma nova organização societária) LD Celulose também manteve a sua operação em ritmo elevado, contribuindo com um ganho de R$ 93,6 milhões no trimestre, reconhecido na linha de equivalência patrimonial.
O custo dos produtos vendidos (líquidos de depreciação, amortização e exaustão) da Dexco cresceu 5,3%, indo a R$ 1,3 bilhão. A companhia citou maior pressão sobre o preço e matérias-primas, como ureia, metanol e cobre, usados na produção.
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As despesas gerais e administrativas foram a R$ 83,1 milhões, aumento de 14,4%, devido a ajustes na estrutura da organização.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 198,6 milhões, que foi 28,6% maior na mesma base de comparação anual. A companhia teve menos recursos em caixa no trimestre, o que gerou menor rendimento das aplicações financeiras. Além disso, o juro alto pesou nas despesas financeiras.
A Dexco registrou fluxo de caixa negativo em R$ 196,7 milhões, montante 5,0% menor na comparação anual. Essa queima de caixa se deveu à necessidade de capital de giro como reflexo da recomposição dos níveis de estoque decorrente da reorganização fabril. Por outro lado, a empresa destacou a redução dos investimentos em manutenção (capex sustaining) em 22,7%, para R$ 205,5 milhões.
A dívida líquida foi a R$ 5,5 bilhões, alta de 5,3% em um ano, com alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado anualizado) de 3,39 vezes, ante 3,46 vezes um ano antes.
Na parte operacional, a expedição teve uma leve alta de 0,4% na Divisão Madeira. Já a expedição na Divisão de Metais e Louças Sanitários recuou 25,5%, e em Revestimentos Cerâmicos teve leve baixa de 1,0%. A Divisão Madeira contribuiu com Ebitda recorrente de R$ 427,8 milhões, alta de 34,3%.
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A Divisão Deca teve Ebitda recorrente de R$ 8,6 milhões, queda de 83%. E a Divisão de Revestimentos teve Ebitda recorrente de R$ 6,1 milhões, alta de 2,4%.
Na apresentação dos resultados, a direção da Dexco afirma que segue atenta às oportunidades de ganho de eficiência, com foco na rentabilização do portfólio e na otimização do parque fabril.
Além disso, acrescentou que o desempenho do primeiro semestre da Dexco (DXCO3), aliado a sinais mais positivos no campo macroeconômico, contribui para perspectivas mais favoráveis ao longo do segundo semestre, sustentadas por disciplina operacional e foco na geração de valor.
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