O lucro líquido da Dexco (DXCO3) – fabricante de materiais de construção e celulose – caiu 84,7% na comparação entre o terceiro trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, chegando a R$ 14,2 milhões.
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O lucro líquido da Dexco (DXCO3) – fabricante de materiais de construção e celulose – caiu 84,7% na comparação entre o terceiro trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, chegando a R$ 14,2 milhões.
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A Dexco foi afetada pelo menor nível de atividade em suas principais linhas de negócios, com perda de receita e menor diluição de custos. Além disso, a companhia vem sofrendo com o aumento das despesas com juros em virtude do endividamento e dos juros elevados.
No critério “recorrente”, o resultado da Dexco foi para o vermelho, chegando a um prejuízo líquido de R$ 42,7 milhões. Isso representou uma reversão ante o lucro recorrente de R$ 183,5 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
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Nesse critério, foram excluídos alguns ganhos considerados não recorrentes, como a venda de um imóvel na Colômbia (R$ 41,5 milhões) e o chamado gross up do ICMS na base do PIS/Cofins.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 20,6% na mesma base de comparação anual, indo a R$ 474,7 milhões. A margem Ebitda baixou 4,4 p.p., para 22,3%. No critério “ajustado e recorrente”, o Ebitda teve baixa de 3,2%, para R$ 445 milhões, enquanto a margem Ebitda recuou 0,4 p.p., para 20,9%.
A receita consolidada do grupo teve baixa de 5%, totalizando R$ 2,1 bilhões.
A joint venture (cooperação entre empresas que geralmente implica em uma nova organização societária) da LD Celulose gerou um lucro líquido de R$ 1,4 milhão, queda de 97%, devido à retração dos preços da celulose solúvel e à parada de manutenção na fábrica.
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O custo dos produtos vendidos (líquidos de depreciação, amortização e exaustão) da Dexco caiu 4,1%, indo a R$ 1,4 bilhão. Segundo a companhia, houve ganho de produtividade e eficiência com a reorganização fabril, além de menor pressão do câmbio sobre os insumos dolarizados.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) do grupo gerou uma despesa líquida de R$ 213 milhões, 70,8% maior na comparação anual.
A Dexco registrou fluxo de caixa positivo de R$ 45,5 milhões, montante 51% menor, devido à maior necessidade de capital de giro. Já os investimentos totais somaram R$ 250,4 milhões, corte de 20,3%.
A dívida líquida foi a R$ 5,58 bilhões, alta de 1,5% em um ano, com alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado anualizado) de 3,48 vezes, ante 3,39 vezes um ano antes.
A expedição de mercadorias da Dexco caiu em todos os segmentos na comparação anual: Metais e Louças Sanitárias (22,2%), Revestimentos Cerâmicos (12,7%) e em Painéis de Madeira (4,8%). Isso pressionou as margens de cada divisão de negócios.
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O Ebitda ajustado da Divisão de Metais e Louças Sanitárias foi de R$ 52 milhões, queda de 1,4%. Já na Divisão Cerâmicos, o indicador ficou negativo em R$ 1,3 milhão. Por sua vez, o Ebitda ajustado da Divisão Madeira contribuiu com R$ 394,2 milhões, ainda assim uma baixa de 3,1%.
“Apesar das particularidades de cada negócio, a Dexco (DXCO3) segue atenta às oportunidades de ganho de eficiência, rentabilização do portfólio e otimização do parque fabril”, descreveu a administração. “O desempenho do trimestre, aliado a sinais ainda positivos no campo macroeconômico, contribuem para perspectivas mais favoráveis”.
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