(Circe Bonatelli, Estadão Conteúdo) – A Direcional Engenharia apresentou lucro líquido ajustado de R$ 55,143 milhões no segundo trimestre de 2022, montante 54,8% maior do que no mesmo período de 2021. O lucro no critério “ajustado” exclui o efeito de swap de ações e das despesas com cessão de recebíveis. O lucro no critério contábil foi de R$ 41 milhões.
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O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 118,941 milhões, expansão de 25,2% na mesma base de comparação. A receita líquida totalizou R$ 586,126 milhões, expansão de 25,2%.
O crescimento nos resultados da Direcional está ligado ao volume maior de vendas de imóveis e à evolução dos canteiros de obras, contribuindo para diluição das despesas.
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A margem bruta atingiu 35,0%, recuo de 0,7 ponto porcentual a despeito de mais um trimestre desafiador no preço dos insumos, conforme destacou a companhia. A Direcional citou que mantém atenção à dinâmica de preços dos imóveis, à gestão dos estoques de suprimentos, ao mix de produtos e ao controle orçamentário das obras.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo de R$ 32,5 milhões, o que representa um crescimento na despesa de 25,9%.
A Direcional explicou que o resultado financeiro foi impacto pela elevação dos juros no período, além de despesas com a venda de parte da carteira de recebíveis e da sua operação de swap referenciado em ações.
As despesas comerciais totalizaram R$ 53 milhões, valor 16% maior. As despesas comerciais representaram 6,3% das vendas líquidas no período, patamar inferior aos 7,4% de um ano antes – portanto, indicando diluição.
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As despesas gerais e administrativas somaram R$ 36 milhões, montante 8% maior. Aqui também houve diluição: elas representaram 5,9% da receita bruta, ante 7,3% um ano antes.
A Direcional informou que a linha de outras receitas e despesas operacionais gerou um resultado líquido negativo de R$ 18 milhões, volume acima do recorrente. O principal impacto nessa linha foi oriundo de despesas jurídicas, constituições de provisões e afins, que totalizaram cerca de R$ 9,9 milhões.
A incorporadora chegou ao fim do segundo trimestre com uma dívida líquida de R$ 215,328 milhões, montante 10,8% menor na comparação anual. A empresa tinha em caixa R$ 959,132 milhões e uma dívida bruta de R$ 1,174 bilhão. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) de 14,1%, recuo de 4,5 pontos porcentuais.
A Direcional apresentou geração de caixa no valor de R$ 20 milhões no segundo trimestre.
Operacional
Conforme já divulgado em relatório operacional prévio, os lançamentos consolidados foram de R$ 703,6 milhões (parte só da companhia, sem parceiros) no segundo trimestre de 2022, alta de 6,2% na comparação anual.
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O segmento Riva (imóveis de classe média) cresceu 25,9%, enquanto o segmento Direcional (imóveis do Casa Verde e Amarela) recuou 1,6%. O preço médio das unidades lançadas foi de R$ 242,370, crescimento de 27,9% em um ano.
As vendas líquidas consolidadas somaram R$ 674,2 milhões, crescimento de 30,7%. O segmento Riva avançou 21,0%, e o segmento Direcional cresceu 35,6%. Os distratos foram de R$ 79.,661 milhões, aumento de 7,8%.