A Direcional (DIRR3) gerou um lucro líquido de R$ 183,7 milhões no segundo trimestre de 2025. O montante foi recorde e representou uma expansão de 25,7% em relação mesmo trimestre de 2024. O crescimento do lucro acompanhou o aumento da receita operacional, com mais lançamentos e vendas de imóveis, bem como ganhos com o financiamento de clientes.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 244,7 milhões, aumento de 22,4%. A margem Ebitda foi de 23%, recuo de 1 ponto porcentual. O Ebitda ajustado (sem contar juros capitalizados na linha de custos e efeitos não recorrentes) atingiu R$ 274 milhões, crescimento de 33%. A margem Ebitda ajustada atingiu 25,8%, ganho de 1 ponto porcentual.
A receita líquida alcançou R$ 1,065 bilhão, subida de 26,2%. A margem bruta ajustada foi de 41,7%, aumento de 4 p.p, enquanto a margem líquida ficou estável em 17,2%.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 61 milhões, crescimento de 10% na comparação anual. Elas representaram 5,7% da receita líquida, o que indica uma diluição frente aos 6,2% de um ano antes. As despesas comerciais foram de R$ 97 milhões, avanço de 20%. Neste caso, foram 9,1% da receita líquida ante 8,4% um ano antes.
A linha de equivalência patrimonial (que apura os resultados oriundos de empreendimentos feitos em sociedade) gerou ganhos de R$ 15 milhões, queda de 23%. Segundo a Direcional, essa queda decorre da já esperada menor representatividade no mix de vendas de projetos que não são consolidados no balanço.
A linha de ‘outras receitas e despesas operacionais’ registrou um resultado líquido negativo de R$ 47 milhões devido a provisões e despesas jurídicas não detalhadas pela empresa.
O resultado financeiro da Direcional (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou positivo em R$ 18 milhões, impulsionado por atualizações monetárias e juros contratuais, sendo boa parte atrelados a contas a receber de clientes. A companhia tem uma carteira de R$ 2,3 bilhões em financiamentos concedidos aos compradores de imóveis. Esse montante é 69% maior na comparação anual.
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A Direcional encerrou o segundo trimestre com uma caixa líquido de R$ 137,5 milhões, que são o fruto de uma dívida bruta de R$ 2,026 bilhões e de recursos em caixa ou equivalentes de R$ 2,124 bilhões em caixa e o restante em swaps.
No trimestre da Direcional, houve geração de caixa no montante de R$ 395 milhões. Desse total, R$ 251 milhões decorrem do valor aportado pelo novo sócio, a Riza Gestora de Recursos, que ficou com 9,98% de participação no capital da Riva.
Conforme já divulgado nas prévias operacionais, a Direcional fez lançamentos com valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,393 bilhão no segundo trimestre, aumento de 16,4% na comparação anual, enquanto as vendas líquidas chegaram a R$ 1,296 bilhão, melhora de 2,9%. A incorporadora encerrou junho com estoque de 10,1 mil apartamentos (na planta, em obras e prontos), avaliados em R$ 3,9 bilhões.