A Direcional Engenharia (DIRR3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 53,2 milhões no quarto trimestre de 2022, avanço de 4,5% ante o mesmo período de 2021, conforme balanço publicado há pouco.
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O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 113,8 milhões, alta de 3,7% na mesma base de comparação. Já a margem Ebitda caiu 1,2 ponto porcentual, para 21,3%.
O critério “ajustado” divulgado pela companhia exclui o resultado financeiro e os efeitos considerados não recorrentes, com as vendas de participações no período.
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Sem considerar o ajuste, o lucro líquido foi de R$ 77 milhões, alta de 73%.
A companhia teve um aumento do lucro principalmente por conta da expansão da receita com a venda de imóveis nos últimos trimestres. A receita é apurada de acordo com o andamento das obras.
A receita líquida totalizou R$ 534 milhões, aumento de 9,7%. A margem bruta ajustada ficou em 36% no quarto trimestre, baixa de 1 ponto porcentual na comparação anual.
A Direcional destacou a manutenção das margens em patamares considerados saudáveis. “A companhia segue constantemente focada em sua estratégia de elevada eficiência na execução de obras, gestão de estoques de suprimentos, rigoroso acompanhamento orçamentário dos projetos e diligente aplicação da política de precificação das unidades”, descreveu a administração.
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As despesas gerais e administrativas cresceram 16%, para R$ 40 milhões, enquanto as despesas comerciais ficaram estáveis em R$ 53 milhões.
Na parte de efeitos não recorrentes, a Direcional reportou que na linha de ‘Outras Receitas e Despesas Operacionais’ teve um resultado líquido positivo de R$ 24 milhões devido ao ganho com a venda de participações societárias em sociedades de propósito específico (SPEs). Sem isso, linha teria ficado negativa em R$ 5 milhões.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 23 milhões, o que representa uma despesa 4,6% menor na mesma base de comparação anual.
A Direcional chegou o ao fim de 2022 com dívida líquida de R$ 202,5 milhões, montante 5,3% maior do que no fim de 2021. Nesse período, a dívida bruta cresceu 12%, para R$ 1,389 bilhão, e as disponibilidades em caixa avançaram 13,2%, para R$ 1,187 bilhão.
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O cronograma de amortização da dívida tem R$ 310 milhões em vencimentos neste ano. “O Grupo Direcional mantém sua posição de caixa em um patamar confortável para suportar o crescimento das operações e permitir a manutenção de uma sólida política de retorno”, afirmou a administração.