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Dólar avança ante real de olho em estímulo nos EUA

  • Às 10:16, o dólar avançava 0,36%, a 5,4042 reais na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro tinha alta de 0,59%, a 5,4055 reais.=

(Reuters) – O dólar operava alta contra o real nesta manhã, à medida que a divisa norte-americana avançava no exterior, em segunda-feira marcada por esperanças de mais estímulo nos Estados Unidos em resposta aos danos econômicos da Covid-19.

Às 10:16, o dólar avançava 0,36%, a 5,4042 reais na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro tinha alta de 0,59%, a 5,4055 reais.

Na máxima do dia, o dólar à vista chegou a tocar 5,4218 reais na venda.

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A alta refletia os ganhos apresentados pelo índice do dólar frente uma cesta de rivais, que avançava cerca de 0,2% nesta segunda-feira.

A expectativa de aprovação nos Estados Unidos do pacote de ajuda de 1,9 trilhão de dólares do presidente Joe Biden direcionava os mercados internacionais, com as bolsas europeias, os futuros de Wall Street e o petróleo disparando diante do bom humor dos investidores.

Além de “esperanças de que o governo dos Estados Unidos consiga aprovar um novo pacote fiscal (…) para combater os efeitos da pandemia do coronavírus”, Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora, atribuiu o clima no exterior ao “crescente otimismo sobre a recuperação da economia global” em nota matinal.

Números desta manhã mostraram que o setor industrial da Alemanha evitou contração em dezembro apesar dos lockdowns devido ao coronavírus no país e no exterior uma vez que a demanda forte da China ajudou a maior economia da Europa a enfrentar a pandemia de Covid-19.

“Lá fora o dólar ganha de seus pares e das moedas emergentes e ligadas as commodities, depois de cair fortemente na sexta-feira em reação a dados fracos de criação de empregos nos Estados Unidos”, continuou Esquelbek.

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Dados da semana passada mostraram que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos ficou abaixo do esperado em janeiro, enquanto as perdas de emprego no mês anterior foram mais profundas do que se pensava inicialmente, fortalecendo o argumento a favor de alívio adicional por parte do governo.

Enquanto isso, no Brasil, a atenção ficava nas discussões em torno de mais medidas de auxílio emergencial, em meio a persistentes incertezas fiscais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), voltou a defender a necessidade de se buscar um formato de assistência social aos mais atingidos pela crise do coronavírus e, ainda assim, respeitar o teto de gastos.

Em meio a esses ruídos, os investidores seguem à espera de avanços concretos em direção ao aperto dos gastos no país, já que os níveis recordes da dívida pública têm sido motivo de preocupação, enquanto torcem pela retomada da agenda de reformas estruturais do governo.

“As perspectivas existentes em torno da nova ação assertiva do Congresso, com foco na tramitação das matérias extremamente relevantes que estavam represadas, não ensejam perspectivas de soluções no curto prazo do que seja fundamental e essencial”, opinou em nota Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora. “Há, portanto, risco latente de agravamento da situação fiscal.”

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A notícia de que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participará de reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para tratar da autonomia do BC também entrava no radar.

Lira disse no Twitter nesta manhã que encaminhará a reforma administrativa à Comissão de Constituição e Justiça da Casa na terça-feira.

Na ultima sessão, a divisa norte-americana spot teve queda de 1,19%, a 5,3849 reais na venda.

O Banco Central anunciou para esta segunda-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em junho e outubro de 2021.

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