O dólar sobe ante o real, acompanhando a valorização da moeda americana no exterior em meio a quedas de commodities, das bolsas internacionais e dos rendimentos dos Treasuries em manhã de cautela no mercado internacional.
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Os rendimentos dos títulos americanos e europeus recuam, após dados de atividade (PMIs) da Europa reforçarem o contexto de fraqueza econômica no continente. Na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto caiu a 50,3 em junho, após 52,8 em maio. Com isso, atingiu o menor nível em cinco meses.
Analistas justificam que, diante do desempenho menor do que o esperado dos PMIs, os bancos centrais podem reavaliar o ritmo de alta nos juros, apesar da resiliência da inflação e de sinais renovados de alta de juros por dirigentes do Federal Reserve e do Banco Central Europeu. Ontem, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, fez mais declarações que sugerem alta de juros à frente nos EUA.
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Os investidores aguardam ainda o PMI dos Estados Unidos (10h45) e comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central do país).
Já no Brasil, há novo arrefecimento da inflação que tende a elevar as apostas de queda próxima da Selic. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu 0,24% na terceira quadrissemana de junho, após recuar 0,17% na leitura passada. Após o dado, o coordenador do índice da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, não alterou a projeção do mês, de queda de 0,15%, mas não descarta que a deflação possa ser um pouco maior, mais próxima de 0,20%, dada a dinâmica de recuos generalizados do indicador.