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Moedas globais: dólar avança com indicadores dos EUA e da Europa em foco

Novas ameaças tarifárias de Donald Trump também influenciaram o desempenho das divisas hoje

Moedas globais: dólar avança com indicadores dos EUA e da Europa em foco
(Foto: Adobe Stock)

O dólar operou em alta nesta terça-feira (7), em um dia que contou com a divulgação de indicadores da economia americana, e renovadas ameaças de tarifas por parte do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. No caso do euro, foi destaque ainda a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da região, que apontou uma alta na inflação, mas que analistas não esperam que altere os planos de flexibilização monetária do Banco Central Europeu (BCE).

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 157,81 ienes, o euro caía a US$ 1,0349 e a libra cedia a US$ 1,2483. O índice DXY fechou em alta de 0,26%, a 108,542 pontos.

O CPI anual da zona do euro acelerou para 2,4% ante 2,2% em novembro, sendo impulsionado pelos preços de energia, mas não deve incomodar o BCE, de acordo com o Deutsche Bank. Segundo o banco, os números mostram que uma flexibilização gradual adicional na reunião de janeiro é a ação mais apropriada e há uma desaceleração no ímpeto da inflação geral. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços mostrou forte disparada no subíndice de preços pagos. Já o relatório Jolts apontou recuo na abertura de postos de trabalho.

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A política dos EUA continua fortalecendo o dólar, mas as expectativas para a implementação de políticas são muito elevadas, pondera o Julius Baer. Com a promessa de políticas reflacionárias que conduzam a um maior crescimento e a taxas de juro mais elevadas, os EUA continuam contrastando fortemente com a zona euro, onde o cenário de crescimento industrial e instabilidades políticas nas principais economias, Alemanha e França, continuam a pesar no sentimento, aponta o banco.

A política americana tem sido um grande obstáculo para o dólar canadense devido à ameaça das tarifas dos EUA, aponta o banco. O primeiro-ministro Justin Trudeau está sob pressão depois que o seu Partido Liberal, pela primeira vez na história, ficou atrás do Novo Partido Democrático nas pesquisas de opinião. O Partido Conservador lidera as pesquisas por uma larga margem e o seu líder, Pierre Poilievre, está na primeira posição para substituir Trudeau após as eleições deste ano. Um primeiro-ministro conservador mais alinhado com as políticas de Trump poderia reduzir a ameaça de tarifas e remover parte do sentimento negativo, avalia o Julius Baer. Ao final da tarde, o dólar americano avançava a 1,4358 canadenses ante 1,4335 do final da sessão de ontem.

Enquanto isso, o dólar foi negociado no nível mais alto ante o iene desde meados de julho, perto de 158,40, antes de cair um pouco devido a algumas posturas oficiais, lembra o BBH, que diz a relação das moedas permanece no caminho certo para testar a máxima daquele mês, perto do dólar valendo 161,95 ienes. O Ministro das Finanças, Katsunobu Kato, disse que estava profundamente preocupado” com os recentes movimentos cambiais. Ele também alertou que “tomaremos as medidas adequadas se houver movimentos excessivos no mercado cambial”.