A valorização recente da divisa reflete ajustes de fluxo típicos de fim de ano, com empresas e fundos intensificando remessas ao exterior. “Investidores antecipam mudanças tributárias e buscam proteção em ativos”, diz Elson Gusmão, diretor de Câmbio da Ourominas.
Nesta terça-feira, o mercado acompanha uma bateria de dados. Nos Estados Unidos, o Produto Interno Bruto (PIB) teve alta anualizada de 4,3% no terceiro trimestre de 2025, de acordo com a primeira estimativa do Departamento de Comércio do país.
A previsão mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast era de aumento de 3,3%, em uma faixa de 2,5% a 3,7%. Esta é a primeira leitura oficial sobre o crescimento econômico americano desde a maior paralisação do governo na história do país.
Já o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu ao ritmo anualizado de 2,8% no terceiro trimestre, de acordo com a primeira estimativa do Departamento de Comércio do país. O PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed).
IPCA-15 sobe para 0,25% em dezembro e fecha 2025 em 4,41%
No Brasil, o foco ficou no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial. O dado apresentou alta de 0,25% em dezembro e fechou o ano de 2025 com variação acumulada de 4,41%. Em 2024, o acumulado havia sido de 4,71%, sendo 0,34% em dezembro.
A alta de 0,25% da prévia da inflação veio em linha com a mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que indicava intervalo entre crescimento de 0,12% a 0,40%.
Na lista de nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. O grupo de Transportes foi responsável não só pela maior variação (0,69%), como também pelo impacto positivo mais acentuado (0,14 ponto percentual).
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