O dólar hoje fechou em queda, em dia de forte alta dos contratos futuros de petróleo no exterior. Nesta quinta-feira (23), a moeda americana encerrou em baixa de 0,2% cotada a R$ 5,3861, depois de variar entre máxima a R$ 5,4021 e mínima a R$ 5,3783. O índice DXY, que compara a divisa com seis pares relevantes, avançou 0,06% aos 98,958 pontos.
O petróleo fechou em alta superior a 5%, após a União Europeia (UE) e os Estados Unidos ampliarem restrições à compra de petróleo russo, em busca de alcançar o cessar-fogo na Ucrânia. Washington sancionou as duas maiores petrolíferas da Rússia: a Rosneft e a Lukoil.
O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), encerrou em valorização de 5,62% a US$ 61,79 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 5,43% a US$ 65,99 o barril. Ambos atingiram seus níveis mais altos em duas semanas durante a sessão.
“As moedas emergentes encontraram apoio no avanço das commodities, com o petróleo saltando mais de 5% após novas sanções europeias à indústria russa. No front monetário, a combinação entre a possibilidade de novo corte de juros nos Estados Unidos e a perspectiva de Selic elevada por mais tempo preserva o diferencial de juros entre Brasil e EUA, sustentando fluxos para o mercado local”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Segundo ele, sinais de estímulo ao consumo e planos de fortalecimento tecnológico na China também contribuem para um ambiente mais favorável ao risco. Os principais líderes do país asiático prometeram redobrar os esforços para tornar o país autossuficiente em tecnologia, de acordo com comunicado emitido pelo partido governantes chinês. A sinalização acontece após a reunião política de quatro dias centrada em traçar o curso para a segunda maior economia do mundo ao longo da década.
“A China buscará melhorar significativamente sua autonomia em tecnologia nos próximos cinco anos”, disseram os oficiais após o encontro de alto nível. A nota também incluiu uma promessa de intensificar a manufatura de ponta, outra medida vista como parte dos esforços de Pequim para se manter firme contra os EUA.
Na sexta-feira (24), o mercado aguarda a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) no Brasil e o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de setembro, que deve ser divulgado mesmo com a paralisação do governo americano. Confira aqui em tempo real o dólar e as notícias sobre as principais moedas internacionais.