

O dólar hoje fechou esta segunda-feira (17) com alta de 0,29%, cotado a R$ 5,7125. A sessão do mercado de câmbio foi de liquidez fraca por causa do feriado do Dia dos Presidentes nos Estados Unidos, ao contrário do pregão positivo na Bolsa, impulsionado pela queda da popularidade do presidente Lula (PT). O Ibovespa voltou aos 129 mil pontos pela primeira vez desde novembro.
“No Brasil, espera-se que o presidente Lula evite comentários sobre o fiscal, após anunciar três novas políticas de crédito na sexta-feira. Sua popularidade permanece baixa”, destaca Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas.
Lá fora, as commodities, que vinham ajudando o real, operam com sinais difusos. O petróleo tem leve alta, enquanto o minério de ferro cai em Dalian, na China.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, analisa: “A queda do minério de ferro exerceu pressão adicional sobre o dólar, mas essa tendência é atenuada pelos ingressos de fluxo comercial e pela expectativa de maiores exportações, especialmente da safra de soja. O elevado patamar da Selic – que encarece o carregamento de posições cambiais – ainda atua como limitador da valorização da moeda norte-americana.”
Igliori acerscenta: “No mercado futuro, o dólar para março se mantinha próximo de R$ 5,72 apesar do bom desempenho do Ibovespa, que se firma no patamar de 129 mil pontos, e a queda acentuada nos contratos de juros futuros.”
Na sexta-feira (14), o dólar fechou a semana cotado a R$ 5,69. Foi a primeira vez que a moeda americana encerrou um pregão abaixo de R$ 5,70 desde o início de novembro. O câmbio brasileiro se beneficiou de um pacote de fatores, incluindo alta das commodities, surpresas positivas com as tarifas de Donald Trump no exterior e certa euforia do mercado local com a pesquisa do Datafolha, que indicou queda da popularidade do presidente Lula (PT).