

O dólar hoje abriu a sessão desta sexta-feira (7) com queda de 0,01%, mas logo inverteu a tendência até fechar o dia com alta de 0,53%, a R$ 5,7902. Apesar do desempenho, a moeda americana acumulou uma queda de 2,03% frente ao real na semana; muito desse resultado ocorre graças à maior queda diária desde 2022 registrada na quarta-feira (5) em uma semana pós-carnaval, com pregões de quarta a sexta.
O pregão foi marcado por diferentes temas. O mercado monitorou a divulgação do payroll, um dos principais indicadores da economia americana. Por aqui, investidores acompanharam a repercussão das medidas de combate à inflação anunciadas pelo governo federal na noite da quinta-feira (6) e a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo das expectativas.
A economia dos Estados Unidos criou 151 mil empregos em fevereiro, em termos líquidos, segundo o payroll, relatório publicado pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam criação de 115 mil a 200 mil vagas, com mediana de 160 mil. “O resultado do relatório de emprego em si não foi tão decepcionante, mas também não ajuda a espantar o fantasma da estagflação que voltou para o radar. Devemos esperar volatilidade à frente”, pondera Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
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Logo após a divulgação do payroll, pela manhã, o dólar chegou a cair 0,10% ante o real, mas logo reverteu a tendência pressionado por fatores internos.
No Brasil, os investidores precificam as medidas anunciadas pelo governo para conter a inflação de alimentos, como a isenção de imposto de importação para vários produtos. A preocupação com o possível impacto da desoneração na arrecadação federal levou a uma instabilidade na taxa de câmbio ao longo do dia. A alta de 0,2% do PIB, abaixo das expectativas de mercado, aumentou os temores de uma recessão técnica no 2º semestre de 2025; o que também pesa sobre o mercado doméstico.
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