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Dólar hoje reduz queda, mas fecha no menor valor em duas semanas

Moeda chegou a cair a R$ 6,05, mas encerra dia com desvalorização de 0,14%

Dólar hoje reduz queda, mas fecha no menor valor em duas semanas
Veja detalhes sobre a operação e cotação do dólar hoje. (Foto: Adobe Stock)

A cotação do dólar hoje terminou o dia no “zero a zero”, depois de passar boa parte da sessão desta terça-feira (07) com queda. A moeda americana encerrou o pregão a R$ 6,1042, com queda de 0,14%. É a menor cotação desde 20 de dezembro, quando a divisa fechou a R$ 6,071.

Foi o segundo pregão consecutivo de recuo do dólar, que acumula desvalorização de 1,23% em 2025.

Na segunda-feira (06), a moeda americana já tinha caído 1,13% frente o real, apoiada na tendência de dólar mais fraco no exterior após notícias na imprensa dos Estados Unidos indicarem que o novo presidente do país, Donald Trump, pode adotar uma política de tarifas menos agressiva do que a prometida durante a campanha eleitoral. O republicano negou o conteúdo da matéria em postagem nas redes sociais, mas os mercados aproveitaram a deixa para realizar lucros no dólar, que passou por um forte período de valorização na reta final de 2024.

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A partir desta terça-feira, no entanto, a agenda de indicadores econômicos nos EUA pode impactar a tendência de queda no câmbio. Pela manhã, foram divulgados números mais fortes na economia americana, com um aumento acima do esperado nas vagas de emprego nos EUA.

Apesar disso, o real mantinha o bom desempenho na sessão a frente também dos pares emergentes. Às 12h27, na mínima de sessão, o dólar chegou a bater R$ 6,05, com queda de 0,86%.

O desempenho mais expressivo foi revertido ao longo da segunda metade do pregão, quando o dólar segurou a queda. Embora não tenham identificado um gatilho específico, operadores ouvidos pelo Broadcast afirmaram que a ausência de sinais de novas medidas de contenção de gastos em entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à GloboNews, pode ter levado a ajustes de posições e realização de lucros.

O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, observa que o real apresentava até o meio da tarde um desempenho bem positivo, ainda refletindo uma correção dos exageros do fim do ano.

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A perda de fôlego na reta final do pregão pode estar relacionada a ajustes após a fala de Haddad e ao quadro externo marcado por avanço das taxas dos Treasuries.

Segundo Weigt, passado o pico de saída de recursos no fim de dezembro, que contribui para um movimento “exagerado” de alta do dólar, a taxa de câmbio parece se acomodar diante do retorno da liquidez neste início de ano.

“O racional da pressão de compra de dólares no fim do ano já terminou. Já devemos ter de algum fluxo de volta”, afirma Weigt, lembrando que o BC vendeu mais de US$ 21 bilhões no mercado à vista em dezembro.

Em entrevista à GloboNews, Haddad evitou se comprometer com novas medidas de contenção de gastos e argumentou que o trabalho da fazenda no campo fiscal é “contínuo”. Segundo o ministro, o foco no momento é harmonizar a peça orçamentária às medidas aprovadas pelo Congresso no ano passado, o que vai permitir maior flexibilidade na execução do Orçamento.

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(com informações do Broadcast)