

O dólar hoje abriu a sessão desta quinta-feira (6) com leve baixa de 0,09%, mas logo inverteu a tendência. Depois de uma queda forte na véspera, o mercado de câmbio acompanhou a valorização da moeda americana no exterior frente às divisas emergentes. Contra o real, o dólar à vista fechou com leve alta de 0,06%, a R$ 5,7597.
Para Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o real entrou em “modo de espera” para a divulgação do relatório de empregos nos Estados Unidos na sexta-feira (7). “O payroll poderá ser mais um acontecimento na semana turbulenta para definir o direcional dos mercados”, diz.
Mais cedo, pesavam sobre as moedas ligadas a commodities, como o real, a queda do minério de ferro na China e os receios inflacionários em meio à guerra de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Contra divisas de países desenvolvidos, no entanto, o dólar opera em baixa.
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No entanto, no meio da manhã, a moeda americana chegou a cair depois que o Banco Central Europeu (BCE) cortou a taxa de juros da Europa em 25 pontos-base. A possibilidade de o Federal Reserve (Fed), o BC dos EUA, entregar algum corte durante este ano também anima. “A reação do mercado às tarifas, cortes de impostos, restrições à imigração e reduções de gastos federais será crucial para os próximos movimentos”, diz Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas.
Na quarta-feira (5), na volta do feriado de carnaval, o mercado de câmbio brasileiro viveu um pregão bem mais positivo do que se previa depois de dias de volatilidade elevada no exterior, enquanto por aqui as negociações estavam interrompidas. O dólar à vista caiu 2,71% ante o real, a maior queda diária registrada no Lula 3. Com isso, a cotação voltou a fechar na casa dos R$ 5,75, revertendo a valorização que havia sido registrada na última semana de fevereiro.