

O dólar hoje fechou a sessão desta sexta-feira (11) com queda de 0,47%, a R$ 5,8708. O desempenho corrige parte da alta registrada na véspera, no embalo da queda global da moeda americana em reação à elevação da tarifa retaliatória da China aos Estados Unidos, de 84% para 125%. O índice DXY, que mede a performance da divisa americana contra seis rivais fortes, caiu abaixo dos 100 pontos pela primeira vez em 21 meses.
Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, destaca que as incertezas em relação à tarifas estão levando investidores para ativos mais seguros; por isso, o real não consegue acompanhar todo o movimento de queda do dólar no exterior. “Apesar de o dólar se enfraquecer globalmente – com o índice DXY recuando ao menor patamar desde julho de 2023 –, o real não conseguiu se beneficiar do movimento. Dentro deste contexto de incertezas, observa-se um fluxo internacional direcionado principalmente às moedas de países desenvolvidos, como o euro e o iene, enquanto divisas emergentes recebem menor atenção dos investidores, limitando uma valorização mais significativa do real”, explica.
Além dos novos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China, investidores brasileiros do dólar monitoram a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março. A inflação no mês ficou em 0,56% ante uma elevação de 1,31% em fevereiro. Ainda assim, o resultado ficou acima das estimativas; é o maior patamar para um mês de março em 22 anos.
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