Na quarta-feira (10), o Fed cortou os juros americanos em 25 pontos-base, para a faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano, conforme esperado. A medida não foi unânime. O diretor Stephen Miran votou para reduzir as taxas em 50 pontos-base. Já Austan D. Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, e Jeffrey R. Schmid, presidente do Fed de Kansas, votaram para manter os juros estáveis.
O presidente do banco central americano, Jerome Powell, afirmou que, a despeito das divergências entre os membros do Fed, a possibilidade de elevação dos juros nos Estados Unidos não está no cenário base de nenhum dos dirigentes. “Discussão está entre manter ou cortar mais os juros”, disse ao falar a jornalistas, acrescentando que a alta “não está no horizonte”.
Já no Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, em decisão unânime. Para o mercado, o comunicado da autoridade monetária veio duro e sem grandes novidades em relação aos textos anteriores. A principal mudança foi a revisão na projeção para a inflação acumulada em 12 meses até o fim do segundo trimestre de 2027, que passou de 3,3% para 3,2%. Esse se tornou o horizonte relevante da política monetária na reunião do colegiado de novembro.
Vendas do varejo crescem 0,5%
No Brasil, as vendas do comércio varejista subiram 0,5% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, resultado igual ao teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, com mediana de queda 0,1% e piso negativo de 1,4%. Frente a outubro do ano passado, as vendas do varejo cresceram 1,1%, acumulando 1,5% no ano e 1,7% nos últimos 12 meses.
Para Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, a alta de 0,5% na série com ajuste sazonal rompe com o padrão observado, de variações pequenas ou negativas. “Foi uma alta espalhada, pois o volume de vendas cresceu em sete dos oito setores investigados pela pesquisa”, diz.
Pedidos de auxílio-desemprego sobem 44 mil na semana
Nos Estados Unidos, o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 6 de dezembro subiu 44 mil, a 236 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. O número veio acima da projeção da FactSet, que esperava alta a 213 mil.
O total de pedidos da semana encerrada em 29 de novembro, a última que havia sido divulgada, foi levemente revisado para cima, de 191 mil a 192 mil.
Na semana passada, o número de pedidos continuados caiu 99 mil, a 1,838 milhão, abaixo do número de 1,939 milhão registrado na semana anterior. A projeção de analistas era de 1,932 milhão. Esse dado é divulgado com uma semana de atraso.
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