Nos primeiros momentos de negociações no mercado de câmbio após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar que desistiu da reeleição – veja mais aqui -, o dólarhoje oscila perto da estabilidade na comparação com outras moedas de países desenvolvidos.
Às 18h08 (de Brasília), o índice DXY – que mede o dólar ante seis rivais fortes – caía 0,03%, a 104,365 pontos. Na marcação, o euro subia a US$ 1,0885, a libra avançava a US$ 1,2916 e o dólar caía a 157,438 ienes.
Quem investe no dólar em alta pode futuramente ganhar com essa valorização, mas isso não significa que, quando a moeda americana perde valor, é preciso se desfazer dessas posições. Ter uma parcela da carteira em ativos dolarizados pode funcionar como um mecanismo de proteção.
“Se alguma coisa negativa acontece no Brasil, todos os ativos [locais] são impactados de alguma maneira”, diz Isabela Bessa, economista especialista em investimentos offshore da Warren Investimentos.
Nesse momento, ter ativos estrangeiros pode ajudar a contrabalançar o movimento, assim como atualmente, ter uma carteira diversificada ajuda a equilibrar.
“Quando a gente traz um pouco de exposição internacional para dentro da carteira, começa a ver rentabilidade maior e menor volatilidade”, conclui Bessa.
A especialista sugere neste momento fazer o investimento em partes, ou seja, em vez de investir uma quantia significativa de uma só vez, o ideal é distribuir os investimentos ao longo do tempo.
“Não se sabe para onde o dólar vai. Então, a melhor estratégia para se beneficiar de todos esses movimentos é a construção de um preço médio”, explica a economista.