O dólar hoje abriu estável após o fechamento de ontem interromper a sequência de quedas na semana. Às 9h30 desta quinta-feira (15), a moeda americana estava cotada a R$ 5,463.
Hoje, os investidores continuam a repercutir a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), ocorrida ontem, em busca de indícios sobre os próximos passos da política monetária dos EUA.
Considerado o principal indicador da semana para os mercados globais, o CPI teve um aumento de 0,2% em julho, após uma queda de 0,1% em junho. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 2,9%, ligeiramente abaixo dos 3,0% registrados anteriormente. Os dados mensais vieram em linha com as expectativas dos analistas consultados pela Reuters; já no comparativo anual, esperava-se uma inflação de 3,0%.
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No cenário doméstico, cresce a percepção de que o Banco Central do Brasil deve manter a taxa Selic no patamar atual de 10,50% ao ano ou até mesmo aumentá-la antes do fim do ano.
Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados na terça-feira, Roberto Campos Neto, presidente do BC, afirmou que a instituição está “tentando manter a taxa de juros o mais baixa possível, enquanto faz a inflação convergir para a meta”. O BC trabalha com uma meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. No Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, o índice oficial de inflação do país, a taxa anual foi de 4,5%, exatamente no limite superior da meta.
Campos Neto destacou que, embora o combate à inflação tenha avançado, ainda é necessário persistir nesse esforço, observando que o processo de desinflação tem desacelerado e as expectativas permanecem desalinhadas. No final de julho, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica de juros inalterada pela segunda vez consecutiva.
Ontem, o dólar fechou em leve alta de 0,36%, sendo cotado a R$ 5,469.
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