A cotação do dólar hoje fechou em alta, com o câmbio ainda pressionado pela expectativa dos investidores em relação às propostas de corte de gastos do governo federal. A moeda americana terminou o pregão desta segunda-feira (11) em valorização de 0,59%, a R$ 5,7695, depois de oscilar, ao longo do dia, entre máxima a R$ 5,8164 e mínima a R$ 5,7630.
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O índice DXY, que mede a divisa ante uma cesta de seis pares fortes, também avançou, exibindo alta de 0,50%, aos 105,518 pontos, ao final da tarde. “Hoje a gente teve o efeito do Trump Trade, com o dólar subindo no mundo”, afirma Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos,
Enquanto o mercado espera pelo pacote fiscal no Brasil, há espaço também para preocupações com a economia americana, que em 2025 estará sob gestão de Donald Trump. O temor para o Brasil e outros países emergentes é pelos efeitos de uma política protecionista e inflacionária nos Estados Unidos, o que pode comprometer o comércio exterior doméstico e o câmbio, fazendo com que o dólar siga uma trajetória de valorização em relação a outras moedas globais.
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Investidores seguem atentos às indicações de nomes para compor o novo governo. Nesta segunda-feira, Trump informou que Tom Homan, seu ex-diretor interino de Imigração e Fiscalização Aduaneira, comandará o controle das fronteiras em sua próxima administração. O presidente eleito anunciou ainda a nomeação da deputada Elise Stefanik para assumir a representação do país na Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, Stefanik ocupa uma posição de destaque no Partido Republicano na Câmara dos Deputados.
Boletim Focus também fica no radar
Pela manhã, o mercado monitorou a divulgação da última edição do Boletim Focus. A mediana do relatório para a cotação do dólar no fim de 2024 passou de R$ 5,50 para R$ 5,55. Um mês antes, era de R$ 5,40. Já a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu pela sexta semana seguida de 4,59% para 4,62%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação, de 4,50%.
A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,03% para 4,10%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central (BC) terá descumprido o alvo.
Já a projeção para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75%, pela sexta semana consecutiva. Esse movimento consolida a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro.
O dólar cai 0,20% em novembro. No ano, a moeda acumula ganhos de 18,88% em relação ao real.
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*Com informações do Broadcast