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Dólar hoje fecha em alta, a R$ 5,59, após divulgação do payroll

Dados do mercado de trabalho nos EUA, abaixo do esperado, podem influenciar diretamente as próximas decisões de política monetária do Fed

Dólar hoje fecha em alta, a R$ 5,59, após divulgação do payroll
Foto: Adobe Stock

dólar hoje terminou a sessão em alta de 0,34%. cotado a R$ 5,5901. O câmbio abriu o pregão em queda de 0,05%, vendido a R$ 5,5674.

A cotação do dólar foi afetada nesta sexta-feira (6) pela divulgação do relatório de folhas de pagamento não agrícolas (payroll) de agosto, pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Ao todo, os EUA registraram a criação de 142 mil vagas de emprego mês passado.

Esse número representa uma alta em comparação com o número revisado de julho, que passou de 114 mil para 89 mil. Além disso, o dado de junho também foi revisado para baixo, para 61 mil vagas. Mas o resultado de agosto ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa a criação de 165 mil postos de trabalho no período.

A taxa de desemprego permaneceu estável em 4,2%, conforme esperado pelos analistas. Por outro lado, os rendimentos médios por hora dos trabalhadores do setor privado tiveram um aumento de 0,4%, superando as projeções, que apontavam para um crescimento de 0,3%.

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Os dados do payroll repercutiram entre os participantes do mercado hoje porque podem influenciar diretamente as futuras decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed). O desempenho do mercado de trabalho é um dos principais indicadores avaliados pelo banco central norte-americano na definição de sua estratégia de juros.

Renda média dos trabalhadores tem crescimento interanual de 5,8%

No Brasil, o mercado repercutiu o crescimento anual da renda média de 5,8% dos trabalhadores brasileiros, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo revelou que, no segundo trimestre, os rendimentos aumentaram em relação ao trimestre anterior, mas o rendimento médio real caiu de R$ 3.255 em abril para R$ 3.187 em julho de 2024, uma redução de 2,1%.

O relatório do Ipea, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, mostrou que trabalhadores autônomos, sem carteira assinada e do setor público tiveram aumentos anuais acima de 7% (7%, 7,9% e 7,4%, respectivamente). Já os trabalhadores com carteira assinada cresceram 4,4%, ficando atrás das outras categorias desde 2023.

Os maiores aumentos foram na Região Nordeste (8,5%), para maiores de 60 anos (8,8%) e com ensino superior (5,7%). Trabalhadores com ensino fundamental incompleto tiveram um aumento de apenas 1,1%. O crescimento foi menor no Centro-Oeste (3,3%), entre jovens de 14 a 24 anos (3,6%) e em regiões metropolitanas (4,4%).

Até agora, o dólar tem queda de 1,10% na semana e no mês. A moeda americana subiu 14,80% no ano.