O dólar hoje fechou o dia em queda, em meio ao aumento das apostas de corte de 0,5 ponto percentual nos juros americanos. Nesta segunda-feira (16), a moeda encerrou o pregão em baixa de 1,02% a R$ 5,5106, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,5810 e mínima a R$ 5,4980. Já o índice DXY, que mede o desempenho da divisa ante uma cesta de seis pares fortes, fechou em desvalorização de 0,42%, aos 100,689 pontos.
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Investidores operam com cautela à espera da chamada “Super-Quarta”, marcada por decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. As expectativa dos investidores é de que o Federal Reserve (Fed) comece, enfim, a reduzir os juros no país, embora existam dúvidas sobre a magnitude do corte a ser realizado nas taxas. Enquanto isso, no Brasil, espera-se que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, adote uma postura contrária e eleve a Selic.
A agenda desta segunda-feira foi marcada pela divulgação do índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no estado de Nova York. O indicador subiu de -4,7 em agosto para 11,5 em setembro, segundo pesquisa divulgada pela distrital de Nova York do Fed. O resultado contrariou expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam queda do indicador a -5 neste mês.
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Já no Brasil, o Monitor do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), indicou que o PIB brasileiro recuou 0,1% em julho ante junho. Na comparação interanual, ou seja, com julho de 2023, houve alta de 5,4% no PIB.
“Após oito meses consecutivos de crescimento, a economia apresentou retração de 0,1% em julho. Embora seja uma queda, pontua-se que é de pequena magnitude e registrada após o forte crescimento em junho (1,6%), o maior do ano até o momento”, diz Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, em nota oficial.
O mercado também esteve de olho na última edição do Boletim Focus, referente à semana encerrada em 13 de setembro. A previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 subiu de 4,30% para 4,35% no relatório, marcando o sexto aumento consecutivo, enquanto a expectativa para 2025 subiu de 3,92% para 3,95%.
Depois da forte correção na última semana, a mediana do Focus para Selic ao fim de 2024 continuou em 11,25%, e para 2025 a projeção de juros subiu de 10,25% para 10,50% ao ano. Já a projeção para o dólar no fim de 2024 oscilou de R$ 5,35 para R$ 5,40, de R$ 5,31 um mês antes. Até o momento, o a moeda americana sobe 13,54% neste ano, enquanto registra queda de 2,21% em setembro.
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