O dólar opera em baixa, junto com o rendimento dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e da moeda americana no exterior, ecoando a sinalização do Federal Reserve (Fed) de corte de juros em 2024 e a do Comitê de Política Monetária (Copom) de mais cortes de 0,50 ponto porcentual na Selic (taxa básica de juros da economia) nos próximos meses, que em conjunto abrem espaço para um diferencial de juros interno e externo mais favorável do que o mercado esperava para os ativos brasileiros.
Leia também
Os investidores aguardam a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), às 10h15, e a entrevista da presidente Christine Lagarde (10h45), após o Banco da Inglaterra (BoE) anunciar há pouco a manutenção da taxa básica de juros em 5,25%, seguindo a decisão do Fed, que manteve inalterada a taxa dos Fed Funds na última quarta-feira (13), à faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.
Os mercados locais repercutem também os dados fracos de venda no varejo em outubro no País. As vendas do comércio varejista caíram 0,3% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com outubro de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 0,2% em outubro.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Lá fora, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cresceu 0,7% no terceiro trimestre, na comparação com o anterior. O resultado representa leve aceleração, após o avanço de 0,6% do segundo trimestre. ]
Em comunicado, a OCDE diz que o desempenho dos países do G20 foi “misto” no terceiro trimestre. Houve fortalecimento da economia na China e nos Estados Unidos e também no México, enquanto na Itália ocorreu crescimento de 0,1%, após contração de 0,4% no segundo trimestre. Por outro lado, o quadro piorou em outros países do grupo, como Arábia Saudita, Turquia, Japão, Canadá, África do Sul, França e Alemanha.
O PIB do Brasil também desacelerou, enquanto Austrália, Índia, Indonésia, Reino Unido e União Europeia tiveram perda de fôlego mais marginal. Às 9h35, o dólar à vista cedia 0,74%, a R$ 4,8854. O dólar para janeiro de 2024 caía 0,60%, a R$ 4,8889.