Após dois dias de fechamento em alta, o dólar hoje encerrou o pregão em queda de 1,46%. Nesta terça-feira (6), a moeda americana fechou o dia comercializada a R$ 5,6574. Ontem, na máxima do dia, o câmbio chegou a alcançar R$ 5,864, mas reduziu o ímpeto pelos ganhos ao longo da tarde após a publicação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos.
Hoje, os investidores adotaram uma postura mais cautelosa após a forte aversão ao risco que marcou a sessão anterior. Às 15h30, o dólar comercial recuava 1,40%, sendo negociado a R$ 5,643 na venda.
O mercado repercutiu, durante todo o dia, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na manhã de hoje. No relatório, após manter a taxa Selic, a taxa básica de juros, em 10,50% ao ano, o Banco Central do Brasil expressou preocupação com a valorização do dólar e afirmou que “não hesitará em aumentar a taxa de juros” se considerar necessário.
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A apreensão em relação à economia dos EUA, que causou quedas nas bolsas de valores globais ontem, continua a ter repercussões e, nos mercados internacionais, as operações seguem sem direção clara. Na Ásia, a maioria dos mercados terminou em alta, enquanto na Europa o sentimento de cautela persiste As bolsas europeias fecharam majoritariamente em baixa após a queda forte das últimas sessões diante de crescentes temores sobre a desaceleração da economia dos Estados Unidos. Os mercados continentais seguiram pressionados.
Na segunda-feira, o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,7414 na venda, uma alta de 0,53%. Já o Ibovespa fechou em baixa de 0,46%, com 125.269 pontos.
Tensão nos mercados globais
Na segunda-feira, os mercados globais operaram sob forte estresse, com quedas generalizadas. A bolsa de Tóquio teve seu pior desempenho desde 1987, enquanto as praças europeias e Wall Street também registraram perdas significativas.
O pânico foi impulsionado pelo medo de uma possível recessão nos Estados Unidos, resultado de uma política monetária restritiva, com a maior taxa de juros em mais de duas décadas. Esse temor se estendeu a outros setores da economia, incluindo commodities e criptoativos.
Os movimentos de queda foram desencadeados por dados de emprego dos EUA, que vieram abaixo das expectativas, ampliando o pessimismo no início da semana, apesar de alguns analistas considerarem a reação exagerada.
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Além dos dados econômicos, investidores também estavam preocupados com resultados decepcionantes de empresas de tecnologia, setor que havia impulsionado Wall Street nos últimos meses, e com o agravamento das tensões no Oriente Médio.
O dólar acumula alta de 0,56% na semana, ganho de 1,54% no mês e alta de 18,31% no ano.