O dólar hoje abriu em queda de 0,45%, cotado a R$ 5,46. Ontem, a moeda americana fechou o pregão sendo comercializada a R$ 5,4831, uma alta de 1,31%.
Às 15h, o Federal Reserve (Fed) divulgará a ata da sua última reunião, documento que deverá fornecer mais indicações sobre as futuras decisões do banco central dos EUA em relação aos juros, especialmente com foco na reunião de setembro.
Adicionalmente, a revisão dos dados do mercado de trabalho norte-americano dos últimos 12 meses até março, realizada pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), pode sinalizar uma desaceleração mais acentuada no emprego.
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No entanto, esses dados são apenas um prelúdio para o que está por vir ainda nesta semana. Amanhã, terá início o Simpósio Econômico de Jackson Hole, em Wyoming, evento que reunirá representantes de bancos centrais de todo o mundo, incluindo a presença de Jerome Powell, presidente do Fed, na sexta-feira.
O discurso de Powell será examinado minuciosamente pelos participantes do mercado em busca de indícios sobre o número e o timing dos cortes esperados na taxa de juros, tanto neste ano quanto no próximo. O consenso no mercado é de que o Fed realizará cortes nos juros – o que resta saber é a magnitude desses cortes.
Atualmente, a maioria das apostas aponta para uma redução de 25 pontos-base, com 67,5% de probabilidade, de acordo com a ferramenta FedWatch, da CME. Uma redução mais agressiva, de 50 pontos-base, representa, por ora, 32,5% das expectativas.
Investidores estão atentos ao Copom
No Brasil, as atenções continuam voltadas para os próximos movimentos do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Um dos indicadores desse movimento, as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) de curto prazo, fecharam a terça-feira em queda, à medida que os investidores diminuíram as apostas de que o BC elevará a taxa Selic em setembro.
Isso ocorreu após declarações mais brandas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a política monetária. Ele reiterou, em entrevista ao O Globo, uma mensagem recente de que o BC aumentará a Selic se necessário, mas ressaltou que o cenário internacional apresentou melhora.
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Campos Neto também afirmou, segundo O Globo, que os economistas não estão prevendo alta de juros para 2024, embora o mercado acredite nessa possibilidade, acrescentando que é preciso agir com “calma” e “cautela” em momentos de volatilidade.
Os comentários de Campos Neto, conforme especialistas consultados pela Reuters, reduziram as expectativas de um aumento da Selic em setembro.
Hoje, Campos Neto tem reunião marcada com o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, às 14h30, com a participação do diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen. Às 15h, Campos Neto também se encontrará, por videoconferência, com o presidente do Mercado InterCuentas, Rolando Martinelli, além do managing director, Miguel Cauvi.
Até agora, o dólar teve alta de 0,31% na semana, queda de 3% no mês e alta de 13,03% no ano.
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