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Dólar hoje fecha em queda, cotado a R$ 5,64, com inflação dos EUA estável

Mercado também repercutiu o debate eleitoral à presidência americana na noite de terça; em pesquisa, 96% afirmaram que Kamala superou Trump no confronto

Dólar hoje fecha em queda, cotado a R$ 5,64, com inflação dos EUA estável
Foto: Adobe Stock

dólar hoje fechou o pregão em queda de 0,10%, a R$ 5,6498. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6074. O principal foco do mercado durante toda esta quarta-feira foi o resultado de agosto do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos.

Os dados, divulgados na manhã de hoje, mostram que a inflação desacelerou ainda mais nos EUA no último mês, com o aumento dos preços ao consumidor anualizado atingindo o menor nível em três anos. Segundo o Departamento do Trabalho, os preços subiram 2,5% em agosto em comparação ao ano anterior, abaixo dos 2,9% de julho.

Esse foi o menor aumento desde fevereiro de 2021 e a quinta queda consecutiva. De julho para agosto, o aumento foi de apenas 0,2%. Já o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, subiu 3,2% em relação ao ano anterior, mantendo o mesmo ritmo de julho, com um avanço mensal ligeiramente maior de 0,3%.

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A desaceleração da inflação trouxe alívio para os consumidores, após os picos de preços enfrentados nos últimos anos, como gasolina e alimentos. Um fator relevante para a queda foi o terceiro recuo no preço da gasolina em quatro meses, com uma redução mensal de 0,6% e de 10,6% em comparação com agosto de 2022. Além disso, os preços de carros usados caíram 1% no último mês e acumulam uma queda de 10,4% em termos anuais.

“Tivemos um CPI um pouco mais forte desta vez, com a alta concentrada principalmente no setor imobiliário. Isso está puxando toda a curva de juros nos EUA para cima, o que, por outro lado, tem um impacto positivo nas moedas emergentes, pois reduz a probabilidade de uma recessão. Além disso, a alta no preço do petróleo está nos favorecendo. No curto prazo, a curva de juros no Brasil se mantém estável, enquanto as taxas de longo prazo estão em queda”, diz o supervisor de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt.

Kamala Harris sai vitoriosa em debate com Trump, diz pesquisa

Hoje o mercado também repercutiu o debate eleitoral à presidência americana na noite de terça-feira (10). Na sabatina, a candidata Kamala Harris foi amplamente vista como vencedora do confronto. Durante mais de 90 minutos, Donald Trump e Kamala Harris discutiram temas considerados fundamentais para os americanos, como direito ao aborto, política de imigração e questões econômicas.

A pesquisa realizada pela CNN norte-americana com eleitores aponta que a candidata democrata teve um desempenho superior ao do ex-presidente Donald Trump. Entre os 605 eleitores consultados por mensagens de texto, 63% acreditaram que Harris se saiu melhor, enquanto 37% consideraram que Trump foi o vencedor. Antes do debate, esses eleitores estavam divididos igualmente quanto às expectativas de desempenho dos candidatos.

Entre os apoiadores de Harris que assistiram ao debate, 96% afirmaram que ela superou Trump, enquanto 69% dos eleitores de Trump o consideraram o vencedor. Esses números refletem uma mudança em relação ao debate presidencial anterior em junho, quando 67% dos eleitores registrados acreditaram que Trump havia superado o então candidato democrata Joe Biden.

Setor de serviços no Brasil cresce 1,2% em julho, acima das expectativas

No cenário brasileiro, o desempenho do volume de serviços prestados em julho também chamou a atenção dos investidores. No País, o volume de serviços cresceu 1,2% em julho em relação ao mês anterior, conforme dados divulgados pelo IBGE. Esse resultado superou as expectativas do mercado, cuja mediana indicava estabilidade, com projeções variando de queda de 1,8% a um aumento de 1,1%. Em comparação com julho de 2023, o setor avançou 4,3%, e no acumulado dos últimos 12 meses até julho, a alta foi de 0,9%.

Com o desempenho de julho, o setor de serviços atingiu um patamar 15,4% acima do nível pré-pandemia, renovando o ponto mais alto da série histórica. Três das cinco atividades pesquisadas registraram crescimento, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (4,2%), além de informação e comunicação (2,2%). Em contrapartida, houve retração nos transportes (-1,5%) e nos serviços às famílias (-0,2%).

O que afetou o dólar hoje; entenda em 6 pontos

  • O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em agosto mostrou a menor alta em três anos, o que impactou as expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve.
  •  A terceira queda nos preços da gasolina em quatro meses e a redução de 1% nos preços de carros usados influenciaram a diminuição da inflação nos EUA.
  • A redução da inflação americana reduziu as chances de recessão nos EUA, favorecendo moedas emergentes como o real, contribuindo para a queda do dólar.
  • A vitória de Kamala Harris no debate presidencial também foi monitorada pelo mercado, influenciando o cenário político e econômico dos EUA.
  • O crescimento de 1,2% no volume de serviços no Brasil em julho superou as expectativas, ajudando a fortalecer a moeda nacional frente ao dólar.
  • Até agora, o dólar subiu 1,16% na semana, alta de 0,39% no mês e avanço de 16,53% no ano.

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