O dólar hoje fechou em queda de 1,22%, cotado a R$ 5,5711, influenciado por dados abaixo do esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, que aumentaram as expectativas de um corte mais agressivo nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.
A cotação do dólar no Brasil acompanhando o enfraquecimento global da divisa.
De acordo com o relatório da Automatic Data Processing (ADP), o setor privado dos EUA criou 99 mil novos empregos em agosto, o menor número em três anos e meio. Em comparação, julho teve a abertura de 111 mil vagas. Economistas projetavam a criação de 145 mil postos de trabalho no mês passado.
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Além disso, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 227 mil na semana encerrada em 31 de agosto, abaixo das expectativas de 230 mil.
Esses dados reforçaram a percepção de que o Fed poderá adotar um corte mais agressivo de juros na próxima reunião de política monetária, programada para os dias 17 e 18 de setembro. Atualmente, as taxas de juros nos EUA estão entre 5,25% e 5,50%, o nível mais alto em duas décadas.
Relatórios aumentam ruídos de redução de taxas de juros pelo Fed
As informações divulgadas na quinta-feira, juntamente com o relatório de emprego Jolts de quarta-feira, alimentaram a tese de uma desaceleração mais rápida da economia norte-americana, o que poderia levar o Fed a reduzir as taxas de forma mais significativa. De acordo com a ferramenta FedWatch, os investidores agora atribuem 45% de chance para um corte de 0,50 ponto percentual nas taxas e 55% de probabilidade de uma redução mais modesta, de 0,25 ponto percentual.
O dólar está se desvalorizando globalmente devido à queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries), que se tornaram menos atrativos para os investidores. O rendimento dos Treasuries de 10 anos, considerado referência global, caiu 0,04 ponto percentual, para 3,731%.
O evento mais aguardado da semana, no entanto, será divulgado na sexta-feira, com a publicação do relatório de emprego payroll de agosto. A última leitura desse indicador veio abaixo das expectativas do mercado, levantando preocupações de uma possível recessão na economia dos EUA, o que levou a uma queda acentuada nas Bolsas ao redor do mundo.
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Até agora, o dólar teve alta de 0,13% na semana e no mês. A moeda americana subiu 16,22% no ano.