O dólar recuou nesta segunda-feira (18) ante a maioria das moedas, em um movimento de correção após o impulso que o ativo ganhou seguindo a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Analistas e investidores estão atentos para a avaliação de que a moeda está “supercomprada”, um cenário que é propício para reavaliações. Neste cenário, declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) estiveram no centro das atenções, em uma sessão de agenda esvaziada.
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O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de pares fortes, fechou em queda de 0,39%, a 106,275 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar se valorizava a 154,65 ienes. O euro era cotado em alta, a US$ 1,0592, enquanto a libra avançava a US$ 1,2675.
O chefe global de câmbio do Jefferies, W. Brad Bechtel, avalia que a divisa dos EUA está perto de níveis “sobrecomprados” pouco antes de um período que tende a ser ruim para o dólar. “Dezembro é um mês terrível para o dólar americano, com 8 dos últimos 10 anos com desempenho negativo, às vezes bastante negativo”, lembra.
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A Capital Economics acredita que o euro cairá para a paridade face ao dólar dos EUA no próximo ano, mas irá se fortalecer face a algumas outras moedas, como o yuan, e em uma base ponderada pelo comércio, prevê que esta situação sofrerá poucas alterações. “Assim, o efeito dos movimentos cambiais sobre o crescimento e a inflação deverá ser limitado.
Se o euro caísse mais do que esperamos, os dirigentes ficariam relutantes em acolher abertamente a medida, mas, a nível privado, poderiam considerá-la útil”, avalia.
Hoje, o dirigente do BCE Gabriel Makhlouf ressaltou que as decisões monetárias europeias serão tomadas com cautela. Ele acrescentou que seria ir longe demais dizer que um corte na taxa de juros do BCE no mês que vem está “certo” e que as evidências precisariam ser “bastante contundentes” para considerar um corte de 50 pontos-base (pb) na reunião de 12 de dezembro. Já o dirigente Yannis Stournara está quase certo de cortar as taxas de juros em um quarto de ponto porcentual em dezembro. Hoje, ele afirmou que um corte de juros em dezembro está “mais ou menos” certo e ponderou que uma redução de 25 pontos-base seria apropriada.