Depois de ter acumulado ganhos acima de 2% na semana, em um ambiente de incertezas e forte alta dos juros nos Estados Unidos, o dólar se mantém em baixa ante o real desde a abertura. A correção é favorecida pela inflação abaixo do esperado na zona do euro e de índices americanos que vieram melhores que o previsto. O índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos teve alta de 0,4% em agosto, contra previsão de 0,5% dos analistas.
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Com isso, o mercado local passou a precificar maior chance de o Federal Reserve manter os juros inalterados até o final do ano. A queda do dólar é um sintoma desse ambiente de menor estresse. Apesar da correção, a divisa americana mostra resistência no patamar dos R$ 5. Na mínima do dia, o dólar à vista chegou a bater os R$ 4,9919, mas voltou a subir a partir dessa marca.
No mercado futuro, o dólar para liquidação em novembro, que passa a concentrar a liquidez dos negócios, teve mínima aos R$ 5,0135. Um dos fatores que impedem uma queda mais pronunciada hoje é a disputa de investidores pela formação da taxa Ptax do último dia do mês. Mas analistas apontam que o patamar dos R$ 5 deverá ser considerado como novo piso do dólar a partir de agora. “Podemos riscar o dólar a R$ 4,90 ou R$ 4,80 que tínhamos há pouco tempo.
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Não por fatores domésticos, mas porque o cenário inflacionário nos Estados Unidos persiste. Com o diferencial de juros entre Brasil e EUA em queda, é natural que haja um novo intervalo de oscilação do dólar, provavelmente entre R$ 5,00 e R$ 5,05”, disse Rafael Ramos, sócio e diretor de derivativos e câmbio da VEX Capital. Às 10h53, o dólar à vista era cotado a R$ 5,0164, em baixa de 0,46%. O dólar futuro para novembro cedia 0,44%, aos R$ 5,0365.