(Silvana Rocha, Estadão Conteúdo) – O mercado de câmbio opera o dólar em baixa, alinhado ao sinal predominante frente a outras divisas emergentes e ligadas a commodities, em meio à alta do petróleo e minério de ferro, menor aversão a risco no exterior nesta manhã e possíveis novos ingressos de fluxo de capitais estrangeiros.
Contudo, no exterior, o índice DXY do dólar ante seis divisas principais mostra ganho moderado e a moeda americana se valoriza ante o yuan chinês, que caiu ao menor nível frente ao dólar em dois anos e tende a se desvalorizar mais à medida que o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) se mobiliza para combater a desaceleração econômica e uma grave crise imobiliária.
Ontem, dólar à vista terminou a sessão regular perto da estabilidade. Os investidores seguem à espera do simpósio de Jackson Hole, onde o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deverá dar mais sinais de seus próximos passos de política monetária. Hoje, estão no radar os índices de atividade (PMIs) dos EUA, assim como um indicador do setor imobiliário local e a prévia do índice de confiança do consumidor da zona do euro (11h).
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Em véspera de IPCA-15 e com a agenda interna esvaziada, os agentes do mercado devem monitorar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento internacional no Chile (10h50). Há expectativas por comentários que possam orientar apostas dos investidores para política monetária ou sua visão sobre o rumo dos juros e inflação dos EUA.
Mais cedo, mais um indicador de preços mostrou deflação. O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) reduziu o ritmo de deflação a 0,95% na terceira quadrissemana de agosto, após -1,28% na segunda leitura. O indicador acumula alta de 6,22% em 12 meses, maior do que o avanço de 5,86% no período até a segunda quadrissemana, informou a FGV.
No exterior, os PMIs da Alemanha, Reino Unido e zona do euro vieram mistos e sem impacto relevante nos mercados. O euro apenas ampliou as perdas abaixo da paridade ante o dólar.
Às 9h19, o dólar à vista caía 0,53%, a R$ 5,1378. O dólar para setembro recuava 0,39%, a R$ 5,1535.
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