O dólar operou em queda ante a maioria das moedas nesta sexta-feira (20), com os ativos recuperando parte da desvalorização que sofreram ante a moeda americana após a última decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Ainda assim, a moeda americana encerra a semana com fortes ganhos.
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Em destaque, esteve a divulgação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de novembro nos Estados Unidos, que reduziu os temores de uma escalada inflacionária. Além disso, seguem no radar as tratativas no Congresso americano para evitar uma paralisação.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em baixa de 0,72%, a 107,621 pontos. Na semana, houve avanço de 0,78%. Perto do fechamento de Nova York, o dólar recuava a 156,16 ienes, a libra tinha alta a US$ 1,2585 e o euro avançava a US$ 1,0440.
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A leitura do PCE veio levemente menor do que o mercado esperava, ao mesmo tempo em que o consumo e a renda cresceram menos que o previsto. A Oxford Economics aponta que os consumidores estão caminhando para 2025 com bases sólidas. Entretanto, embora a inflação continue elevada, há poucos sinais de voltar a acelerar.
Nesta sexta-feira, os republicanos da Câmara dos EUA preparam um novo plano para evitar uma paralisação do governo à meia-noite. O Partido Republicano tenta formular um Plano C, depois que um Plano A bipartidário lançado na terça-feira foi detonado por Donald Trump e seu aliado Elon Musk, e um Plano B foi rejeitado de forma retumbante em uma votação no plenário na noite desta quinta-feira.
No cenário de modo mais amplo, a surpresa agressiva do Fed no início desta semana permitiu que o dólar ultrapassasse o topo da sua faixa pós-2022, colocando-o firmemente na frente em 2025, com o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) BoJ e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) assumindo um tom mais pacífico, como a maioria dos outros bancos centrais do G10, aponta a Capital Economics. Para a consultoria, o fosso crescente entre a economia ainda robusta dos EUA e as perspectivas mais fracas em outros países continua sustentando a força do dólar. “O nosso cenário base é que o dólar fará mais progressos no próximo ano, à medida que os EUA continuarem a registrar um desempenho superior, a diferença de taxas de juro entre os EUA e outras economias do G10 se alargar um pouco mais e a administração do presidente eleito Donald Trump impor tarifas mais elevadas”, conclui.