O dólar hoje iniciou a sessão com volatilidade, oscilando entre leves altas e baixas. Às 9h5, a moeda americana exibia alta de 0,14%, cotado a R$ 5,6403. Às 9,10, porém, o câmbio caiu para R$ 5,6232.
Esse comportamento ocorre no primeiro pregão de setembro, em um dia marcado pelo feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o que reduz os níveis de negociação nos mercados financeiros globais. A ausência de investidores americanos tende a diminuir a liquidez e impacta a volatilidade em diversos ativos.
No cenário doméstico, os investidores no Brasil estão atentos a uma entrevista coletiva do Ministério do Planejamento sobre o projeto de Orçamento de 2025 e à nova edição do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central no início desta manhã. O relatório semanal reúne as expectativas de economistas de mercado para os principais indicadores financeiros, como inflação, taxa de câmbio, crescimento econômico e taxa Selic.
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As projeções contidas no Boletim Focus são acompanhadas de perto por investidores e analistas porque influenciam as expectativas sobre a política monetária e as condições econômicas futuras do país.
Orçamento de 2025 vem a público
Nesta segunda-feira (2), os mercados devem ficar atentos à entrevista coletiva do Ministério do Planejamento sobre o projeto de Orçamento de 2025. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também terá uma série de reuniões com ministros. O governo enviou o projeto ao Congresso Nacional na última sexta-feira, prevendo um déficit primário zero para o próximo ano e mantendo a previsão de crescimento de 2,6% para o PIB em 2025.
O documento projeta um aumento de 5,78% nas receitas federais acima da inflação para o próximo ano. Em relação às despesas, o Ministério do Planejamento informou que elas estarão limitadas a um crescimento real de até 2,50%, conforme estabelecido pelo novo arcabouço fiscal.
A entrevista à imprensa está marcada para as 11h e deve contar com a participação de Gustavo Guimarães, secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento; Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda; Clayton Montes, secretário de Orçamento Federal; e Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal. Enquanto isso, Lula começa o dia com uma reunião com ministros, incluindo os da Fazenda e da Casa Civil, além de líderes do governo, e seguirá com outros compromissos com membros do alto escalão.
Mercados dos EUA estão fechados por causa de feriado
Os mercados financeiros nos Estados Unidos estão fechados nesta segunda-feira devido ao feriado nacional do Dia do Trabalho, comemorado anualmente na primeira segunda-feira de setembro. O Dia do Trabalho, conhecido como “Labor Day” nos EUA, marca o fim simbólico do verão e é tradicionalmente um dia de descanso e celebração dos trabalhadores americanos.
Com o fechamento das bolsas de valores, incluindo a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e a Nasdaq, não haverá negociações de ações, títulos, ou commodities no país. Esse fechamento oferece aos investidores um breve intervalo antes da retomada das atividades de mercado na terça-feira (3), quando os participantes do mercado estarão atentos a novos dados econômicos e eventos globais que possam influenciar os preços dos ativos e a direção do mercado.
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Além disso, o feriado pode influenciar a liquidez e a volatilidade dos mercados internacionais, já que a ausência de investidores americanos pode resultar em volumes de negociação mais baixos fora dos Estados Unidos.
Dólar avança 16,07% ao ano
Na sexta-feira (30), o dólar anotou alta de 0,21%, a R$ 5,6350, no fim do pregão. Os investidores repercutiam o índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que é o indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para orientar suas decisões sobre taxas de juros.
Já no Brasil, na sexta, o Banco Central (BC) anunciou que conseguiu vender US$ 1,5 bilhão em leilão de dólares promovido no mercado de câmbio à vista durante a manhã, marcando a primeira intervenção desse tipo durante o terceiro mandato de Lula na Presidência da República. A medida, tomada em meio a um ambiente de incerteza econômica tanto no Brasil quanto no exterior, visa estabilizar a taxa de câmbio do real frente ao dólar.
Até agora, o dólar tem alta de 2,79% na semana, recuo de 0,38% no mês e avanço de 16,07% no ano.