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Dólar passa a subir com exterior negativo e imbróglio em Brasília

  • A moeda começou a ganhar tração por volta de 10h, estabilizou-se por volta de R$ 5,42 reais até perto de 12h, quando voltou a tomar fôlego

(Reuters) – O dólar abandonou a queda de mais cedo e passou a mostrar firme alta nesta quinta-feira, superando R$ 5,45, com o mercado reforçando compras defensivas em meio a um dia negativo no exterior e por receios sobre o andamento da pauta econômica diante dos acontecimentos mais recentes em Brasília.

Às 12h56, o dólar spot ganhava 0,59%, a R$ 5,4474 na venda, perto da máxima do dia (5,452 reais, alta de 0,68%). Na mínima, a cotação desceu 0,52%, para 5,3871 reais.

A moeda começou a ganhar tração por volta de 10h, estabilizou-se por volta de R$ 5,42 reais até perto de 12h, quando voltou a tomar fôlego. Ao mesmo tempo, moedas emergentes pioraram o sinal, enquanto Wall Street aprofundou as perdas.

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Temores de aumento de inflação com o crescimento econômico ainda tentando ser recuperado deixavam investidores nervosos. Evidenciando esses receios, os yields dos títulos do Tesouro dos EUA –considerados o ativo mais seguro do mundo– subiam, a despeito da fraqueza em mercados de risco.

Uma aceleração da inflação nos EUA poderia levar o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) a retirar parte do suporte concedido aos mercados para enfrentamento da crise causada pela pandemia, o que significaria menos liquidez para países emergentes, como o Brasil.

Além dos temas internacionais, o mercado monitorava impactos sobre o calendário de reformas oriundos da tensão em Brasília decorrente da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), após divulgar ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A XP lembrou que Daniel Silveira é aliado do presidente Jair Bolsonaro e que também as taxas de juros subiram diante do risco de que o imbróglio em Brasília possa “vir a atrapalhar as negociações em torno do auxílio emergencial”.

Às 14h, está prevista entrevista coletiva dos chefes da Câmara e do Senado e do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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