O dólar caiu nesta terça-feira (2) ante outras moedas principais, como o euro. A moeda comum europeia chegou a ser pressionada mais cedo, após dados locais, mas retomou fôlego durante a jornada. Além disso, a libra atingiu máximas no dia, após leitura mais forte que a preliminar da indústria do Reino Unido.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 151,58 ienes, o euro avançava a US$ 1,0767 e a libra tinha alta a US$ 1,2578. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,19%, a 104,816 pontos.
Logo cedo, o euro caía e chegou a ampliar perdas, após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da zona do euro, que recuou a 46,1 em março, mas ficou acima da preliminar, de 45,7. Mais adiante, porém, a moeda comum retomou força. Na agenda local, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha desacelerou para alta anual de 2,2% em março, na mínima desde abril de 2021 e abaixo da previsão de 2,3% dos analistas ouvidos pela FactSet.
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O ING considera que a inflação alemã pode tocar a meta de 2% em maio, mas acrescenta em análise que o Banco Central Europeu (BCE) deve proceder com cautela. O BCE divulgou hoje pesquisa, segundo a qual os consumidores na zona do euro preveem inflação menor nos últimos 12 meses, em 3,1% na leitura de fevereiro, após resultado de 3,3% visto em janeiro.
No Reino Unido, o PMI industrial subiu de 47,5 em fevereiro a 50,3 em março, na máxima em 20 meses, segundo a S&P Global e a CIPS. O resultado superou a prévia e a preliminar, ambas em 49,9, e a libra foi apoiada pelo dado.
Entre moedas emergentes, o dólar caía a 32,0053 liras turcas. A moeda da Turquia com isso estendia movimento de ontem, causado por resultado forte da oposição em eleições locais, o que para analistas reforçava a chance de postura mais ortodoxa na economia pelo governo do presidente Recep Tayyip Erdogan.
O Wells Fargo afirma que reiterava sua visão de longo prazo “construtiva” para a lira turca, com as eleições locais já realizadas e o compromisso “intacto” com uma política econômica ortodoxa. O banco diz estar agora mais convicto sobre essa análise, e acredita que a lira deve ter uma reação em 2024, com o BC local ganhando credibilidade como autoridade independente na política monetária.
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