O dólar se fortaleceu nesta quinta-feira (14) ante as principais moedas do mundo, após a inflação no atacado dos EUA surpreender e esfriar a confiança do mercado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central país) terá condições de entregar um relaxamento monetário agressivo. Também em destaque, o iene segue em marcha instável, em meio a especulações sobre a decisão do Banco do Japão (BoJ) na semana que vem.
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O índice DXY, que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,55%, aos 103,360 pontos.
O índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA acelerou à taxa anual de 1,6% em fevereiro, conforme informou o Departamento do Trabalho do país hoje.
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O dado surpreendeu analistas e levou a uma redução nas ainda majoritárias chances de o Fed promover o primeiro corte de juros em junho, como mostrou a plataforma de monitoramento do CME Group. Para o fim do ano, a curva futura consolidou expectativa por uma redução acumulada de 75 pontos-base.
Também na agenda, o avanço nas vendas do varejo dos EUA e a queda nos pedidos de auxílio-desemprego ajudam a manter a perspectiva de que a economia dos EUA segue em um tom positivo.
O Brown Brothers and Harriman (BBH) avalia que o mercado ainda precisa ajustar as expectativas para se alinhar à visão mais conservadora do Fed. No entendimento do banco de investimentos, quando isso ocorrer, o dólar deve ser beneficiado.
Do outro lado do Atlântico, no fim da tarde em Nova York, a libra caía a US$ 1,2752 e o euro recuava a US$ 1,0891. O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis Guindos, comentou, nesta tarde, que espera reunir mais informações até junho para ter condições de decidir sobre um eventual ajuste na taxa básica.
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Já o economista-chefe da instituição, Philip Lane, reiterou que busca mais dados para ter confiança de que a inflação caminha sustentadamente de volta à meta de 2%.
No Japão, o dólar avançava a 148,33 ienes. A divisa japonesa chegou a ganhar força pontualmente depois de relatos na imprensa local de que o BoJ optará por abanadonar os juros negativos na decisão da próxima semana (19 de março).
O Bank of America (BofA) acredita que será uma definição apertada, mas que há grande probabilidade de o BoJ optar por elevar a taxa básica e também retirar o controle da curva de rendimentos (YCC, na sigla em inglês). Para o banco, no entanto, tal medida não apoiará o iene caso não venha acompanhada de um guidance hawkish.