

Após enfrentarem perdas superiores a 1% no início da manhã, os índices das bolsas de Nova York mostraram recuperação durante a tarde desta sexta-feira (17), com o Dow Jones encerrando no campo positivo.
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Após enfrentarem perdas superiores a 1% no início da manhã, os índices das bolsas de Nova York mostraram recuperação durante a tarde desta sexta-feira (17), com o Dow Jones encerrando no campo positivo.
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Houve alívio nos mercados, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que as relações com a China atravessam um bom momento e que as negociações comerciais “estão indo muito bem”. Segundo ele, o clima de diálogo com Pequim tem sido construtivo e há expectativa de um encontro com o presidente Xi Jinping “nas próximas semanas”, na Coreia do Sul. Trump ressaltou ainda manter uma “ótima relação” com o líder chinês e disse que a reunião “deve ser mantida”, apesar das recentes tensões bilaterais.
O republicano indicou também que poderia antecipar a data de entrada em vigor das tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses, atualmente marcada para 1º de novembro, “se quisesse”, mas não deu sinais de que pretende fazê-lo.
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A agenda dos EUA de hoje trouxe ainda o discurso de uma autoridade do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o último antes do período de silêncio que precederá a próxima decisão de juros do banco central americano, no fim de outubro. O mercado também repercutiu o balanço trimestral da American Express.
O dólar hoje fechou em leve alta ante outras moedas de economias desenvolvidas, após perdas nas três sessões anteriores. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) encerraram com ganhos, enquanto o mercado reavaliou os riscos em relação aos bancos regionais nos Estados Unidos.
Em paralelo, os contratos futuros do ouro atingiram nova máxima intraday histórica nesta sexta-feira (17), mas fecharam em queda.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que as tarifas massivas de 100% sobre a China não são sustentáveis, mas que o comportamento chinês o “forçou” a implementá-las. Contudo, ao ser questionado, o americano disse que as alíquotas não permanecerão no nível atual. Os comentários aconteceram em trecho de entrevista à Fox Business, divulgado hoje.
“Sempre tive uma boa relação com o presidente Xi Jinping, mas a China se aproveitou de nós por anos”, afirmou Trump. “Vamos ficar bem com a China, mas primeiro temos que conseguir um acordo justo para ambos os lados. Temos um adversário forte e eles só respeitam a força”.
O presidente americano também confirmou que as negociações em andamento com Pequim estão “se saindo bem” e que ainda pretende se encontrar com Xi Jinping na Coreia do Sul, daqui a duas semanas.
A entrevista completa com a Fox Business será divulgada apenas no domingo (19), mas a emissora tem divulgado pequenos trechos ao longo de sua programação.
As denúncias de Zions Bancorp e Western Alliance sobre supostas fraudes de devedores foram o gatilho para a liquidação de ações de bancos regionais que contaminou todo o setor financeiro no pregão da quinta-feira nas bolsas de Nova York. Mas as preocupações sobre a saúde de instituições bancárias nos EUA já vinham emergindo à superfície há algumas semanas.
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Em setembro, o colapso de duas empresas ligadas à indústria automotiva desencadeou especulações sobre a exposição de Wall Street a empréstimos de baixa qualidade. No começo deste mês, o Jefferies revelou ter investido parte do portfólio de financiamento comercial em ativos ligados ao First Brands Group, um fornecedor de autopeças que entrou com pedido de falência. O UBS também admitiu exposição à empresa.
Em resposta, a BlackRock pediu para retirar parte dos recursos que havia investido em um fundo do Jefferies que detém US$ 715 milhões em recebíveis da First Brands, de acordo com a Bloomberg.
A American Express teve lucro líquido de US$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre de 2025, equivalente a US$ 4,14 por ação, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de US$ 4 por ação. No mesmo período do ano passado, a companhia americana de cartões de crédito havia lucrado US$ 2,51 bilhões, ou US$ 3,49 por ação.
A receita antes de despesas com juros da Amex, como a empresa também é conhecida, teve expansão anual de 11% no trimestre, a US$ 18,43 bilhões, também superando o consenso da FactSet, de US$ 18,05 bilhões.
Para 2025, a Amex elevou a parte inferior de suas projeções tanto para a receita quanto para o lucro por ação. A empresa agora espera registrar avanço de 9% a 10% na receita deste ano e obter lucro por ação de US$ 15,20 a US$ 15,50. Antes, previa aumento mínimo de 8% da receita e lucro de ao menos US$ 15 por ação.
O presidente do Federal Reserve (Fed) de St. Louis, Alberto Musalem, afirmou que pode apoiar cortes adicionais no juros americanos, se houver materialização de riscos para o mandato de emprego, os riscos para a inflação estiverem contidos e as expectativas continuarem ancoradas. “Não estamos em uma trajetória predeterminada. Devemos ser cautelosos ao deixar a política monetária mais moderada”, disse ele, ao participar de painel da reunião anual do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, em inglês).
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Musalem ponderou que os dirigentes ainda não terminaram o trabalho de controlar a inflação e reduzir os preços para a meta de 2% de maneira sustentável. “É prematuro prever qual será nossa decisão em outubro”, ressaltou, ao ser questionado.
No fechamento, o Dow Jones subiu 0,58%, o S&P 500 avançou 0,53% e o Nasdaq teve ganhos de 0,52%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – registrou alta de 0,09%, a 98,433 pontos. Entre ações individuais, os bancos Western Alliance e Zions Bancorp, que motivaram a queda de Wall Street ontem, avançaram 3,07% e 5,84%, respectivamente.
*Com informações de Sergio Caldas, Laís Adriana e André Marinho, do Broadcast
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