Veja a operação nas bolsas de NY hoje
(Foto: Adobe Stock)
As bolsas de Nova York aceleraram alta nesta quinta-feira (11), levando o Dow Jones e o S&P 500 a novos recordes, conforme investidores ponderam dados dos EUA e suas implicações para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Pela primeira vez, Dow Jones superou a marca dos 46 mil pontos.
Investidores reagem a dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, um dia após o Índice de Preços ao Produtor (PPI) americano vir bem abaixo do esperado, já de olho na decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) do próximo dia 17.
A agenda dos EUA de hoje ainda traz pesquisa semanal sobre pedidos de auxílio-desemprego. Há também a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), manteve suas principais taxas de juros inalteradas.
Os principais assuntos que norteiam Dow Jones nesta quinta (11)
CPI americano cresce acima do esperado
Federal Reserve é o Banco Central dos EUA (Foto: Adobe Stock)
O CPI dos Estados Unidos subiu 0,4% em agosto ante junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho. Na comparação anual, o CPI subiu 2,9% em agosto.
Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam para agosto altas de 0,3% e 2,9%, respectivamente. Em julho, o índice cheio do CPI teve alta de 0,2% na comparação mensal e acréscimo de 2,7% no confronto anual.
Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, cita que o mercado reagiu “bem” ao CPI.
“Não houve grandes surpresas. O mercado de trabalho norte-americano está arrefecendo a inflação segue alta, mas não é uma explosão. As tarifas devem acelerar a inflação, mas no longo prazo deve haver desaceleração”, avalia, completando que desta forma prossegue a ideia de três cortes de juros nos EUA em 2025.
Olhando o comportamento do CPI nos meses de agosto, segundo análise de Silvia Ludmer, economista-chefe do Andbank, a média para este mês desde 2003 é 0,25%. “portanto, o CPI veio acima da média histórica para o devido mês”. A observação também foi feita para o núcleo do CPI, que teve alta de 0,35 por cento em agosto, quando a média é de 0,19%.
Nesse sentido, já majoritária, a probabilidade de redução acumulada de 75 pontos-base (pb) nos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) neste ano saltou cerca de 20%, após a publicação de dados de emprego e inflação dos EUA, segundo monitoramento do CME Group. Se confirmados, os cortes colocariam a taxa no nível entre 3,5% a 3,75% até dezembro.
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Por volta das 12h20 (de Brasília), a probabilidade de cortes de 75 pontos-base até o fim do ano estava em 88,8%, de 63,2% antes dos dados. A chance de redução acumulada de 100 pb subiu de 5,5% a 10%, passando a ocupar o segundo lugar. Já a probabilidade de redução menor, de 50 pb, caiu de 28,2% a 7,8%.
Númerso de pedidos de auxílio-desemprego avançam nos Estados Unidos
Também divulgado nesta manhã, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 27 mil na semana até 6 de setembro, a 263 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. O resultado veio acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de 231 mil solicitações.
O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para baixo, de 237 mil a 236 mil. O número de pedidos continuados ficou inalterado na semana encerrada em 30 de agosto, em 1,939 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.
Dólar devolve ganhos e treasuries avançam
O dólar hoje devolve ganhos ante outras moedas de economias desenvolvidas nesta quinta-feira, após o indicador de inflação americano CPI. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em alta, depois de caírem na sessão anterior.
Cotação dos índices de Nova York
Às 12h25 (de Brasília), o Dow Jones subia 1,24% e o S&P 500 avançava 0,79%, após renovar máximas a 6.585,23 pontos. O Nasdaq saltava 0,69%.
No Dow Jones, três das quatro empresas de maior peso tinham alta forte: Goldman Sachs (+2,12%), Caterpillar (+3,03%) e Home Depot (+1,98%). Enquanto isso, o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – tinha queda de 0,24%, a 97,91 pontos.
*Com informações de Sergio Caldas e Laís Adriana, do Broadcast