O índice Dow Jones fechou em queda no pregão desta quinta-feira (6), seguindo o pessimismo dos demais indicadores de Nova York.
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O índice Dow Jones fechou em queda no pregão desta quinta-feira (6), seguindo o pessimismo dos demais indicadores de Nova York.
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O mercado acompanhou a divulgação de dados de emprego piores do que o esperado nos Estados Unidos. As empresas sediadas no país anunciaram 153.074 demissões em outubro, o maior número para o mês desde 2003, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela Challenger, Grey & Christmas. O total representa alta de 175% em relação a outubro de 2024.
O levantamento mostra que a tecnologia liderou os cortes, com 33.281 demissões em outubro, seguida por armazenagem (47.878) e varejo (2.431). No acumulado do ano, os cortes no varejo aumentaram 145%, enquanto o setor de armazenagem registrou salto de 378%.
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No pregão, o mercado também seguiu de olho no shutdown, a paralisação parcial do governo americano. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuaram, depois de avançarem na sessão anterior. O dólar hoje caiu em relação a outras moedas de economias desenvolvidas.
O governo dos Estados Unidos formalizou, por meio da assinatura de uma ordem executiva, a decisão de suspender por um ano a elevação de tarifas aplicada sobre importações da China, no âmbito do acordo econômico firmado entre os dois países após encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul.
O documento, que deverá publicado amanhã no Federal Register (o diário oficial dos EUA), aponta que o país manterá a suspensão das tarifas recíprocas até 10 de novembro de 2026. A elevação da tarifa estava prevista para entrar em vigor em 10 de novembro de 2025.
O texto destaca que a decisão vem em linha com os compromissos assumidos por Pequim nas semanas anteriores. A Casa Branca avalia que o pacto “ajudará a corrigir práticas comerciais não recíprocas e a reduzir o déficit comercial dos EUA”.
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta quinta-feira que está “desconfortável com um corte de juros sem acesso a dados de inflação”, em referência à paralisação parcial do governo americano, que interrompeu a divulgação de indicadores oficiais. “Não temos informações suficientes sobre a inflação” com o shutdown, disse. Ele também expressou desconforto ao “ver os dados ficarem indisponíveis justamente no momento em que a inflação de serviços estava subindo”.
As apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve em dezembro voltaram a ganhar força, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. O movimento acontece enquanto investidores absorvem salto de demissões nos EUA ao maior nível desde 2003, conforme pesquisa Challenger, em meio a ausência de dados oficiais durante o shutdown – que, segundo autoridades americanas, também já afeta diversos setores da economia.
Por volta das 18h30 (de Brasília), a possibilidade de um corte dos juros em 25 pontos-base (pb) na reunião de dezembro era de 70,9%, maior do que as chances registradas ontem, de 62%. Na contramão, as apostas de manutenção dos juros – que vinham ganhando força por comentários com abordagem cautelosa de dirigentes do Fed – caíram de 38% para 29,1%, no mesmo intervalo de tempo.
No fechamento, o Dow Jones caiu 0,84%, o S&P 500 cedeu 1,12% e o Nasdaq teve perda de 1,9%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – fechou em baixa de 0,47% a 99,733 pontos.
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A Qualcomm caiu 3,63% após divulgar lucro acima do esperado, mas prever aumento de despesas no próximo trimestre. A AppLovin ganhou 0,7% e a Moderna, 3,27%, com resultados positivos. A Marvell Technology subiu 0,46% com relatos de que o SoftBank chegou a avaliar uma possível aquisição da fabricante de chips para fundi-la com a Arm, mas as negociações não avançaram.
*Com informações de Isabella Pugliese Vellani, Pedro Lima e Sergio Caldas, do Broadcast
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