O índice Dow Jones recuou no pregão desta segunda-feira (3), enquanto os demais indicadores das bolsas de Nova York fecharam no campo positivo. O movimento aconteceu após Wall Street ampliar ganhos na semana passada.
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O índice Dow Jones recuou no pregão desta segunda-feira (3), enquanto os demais indicadores das bolsas de Nova York fecharam no campo positivo. O movimento aconteceu após Wall Street ampliar ganhos na semana passada.
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A partir de hoje, os pregões em Nova York iniciaram mais tarde, por volta das 11h30 (de Brasília), com o encerramento do horário de verão nos Estados Unidos. A mudança também impacta a negociação na Bolsa de Valores brasileira, a B3.
Investidores monitoraram hoje comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após o BC cortar juros pela segunda vez consecutiva na semana passada. A autarquia, porém, levantou a hipótese de interromper o relaxamento monetário, em dezembro.
“Tanto o padrão de votação quanto a coletiva do presidente Powell deixaram claro que novos cortes não são necessariamente o consenso dentro do banco central”, avalia Matthew Ryan, head de estratégia de mercado da Ebury.
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta segunda-feira que ainda não tomou uma decisão sobre o que fará na próxima reunião de política monetária da instituição. “O limite para cortar os juros é mais alto do que nas duas reuniões anteriores”, disse o dirigente, em entrevista ao Yahoo! Finance.
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Goolsbee ressaltou que pouco mudou economicamente desde o encontro de setembro, mas indicou que a inflação segue sendo uma preocupação central. “Tenho me preocupado mais com a inflação do que com os riscos do mercado de trabalho”, afirmou.
Por outro lado, o diretor do Fed Stephen Miran disse nesta segunda que o banco central americano mantém uma postura excessivamente restritiva e alertou para os riscos de uma recessão caso essa orientação se prolongue. “Acho que o Fed é muito restritivo. Quanto mais tempo permanecermos restritivos, maior o risco de recessão”, sinalizou em entrevista à Bloomberg TV.
O diretor afirmou que pretende voltar a defender um corte de 50 pontos-base nos juros se suas projeções se confirmarem para a próxima reunião, mas ponderou que ainda não vai se comprometer com outro voto dissidente em dezembro. “As coisas podem mudar.”
Na agenda dos EUA de hoje, há também o Índice de Gerente de Compras (PMI) industrial dos EUA, medido pela S&P Global. O índice subiu de 52 em setembro a 52,5 em outubro. O resultado definitivo de outubro veio acima da estimativa preliminar, de 52,2, e reflete o crescimento mais rápido da demanda por bens em 20 meses, conforme o relatório.
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Já o PMI elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu para 48,7 em outubro, ante 49,1 em setembro, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira. O resultado de outubro contrariou expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta do índice a 49,6.
O relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) está previsto na agenda internacional, mas não deve ser divulgado por causa da paralisação do governo americano — que já dura 33 dias e é a segunda maior da história do país. “Ainda não há fim à vista para a paralisação do governo dos Estados Unidos, portanto, não se espera nenhuma notícia econômica relevante do país por enquanto”, diz Ryan.
O dólar hoje subiu levemente em relação a divisas fortes. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) também fecharam em alta nesta segunda-feira.
No fechamento, Dow Jones cedeu 0,48%, enquanto o S&P 500 subiu 0,17% e o Nasdaq teve alta de 0,46%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – registrou ligeira valorização de 0,07%, a 99,873 pontos.
Entre ações individuais, as fabricantes de chips Nvidia (+2,17%), Micron (+4,88%) e AMD (+1,38%) fecharam em alta, enquanto a Amazon saltou 4,02% depois de anunciar parceria do seu serviço AWS com a OpenAI.
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*Com informações de Laís Adriana e Sergio Caldas, do Broadcast
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