A nova moeda digital do Banco Central do Brasil (BC), conhecida como Drex, não substituirá o dinheiro em espécie, afirmou a Secretaria de Comunicação do governo nesta sexta-feira (24). A versão inicial do Real Digital será uma opção adicional ao uso de cédulas, mas – por ter foco no uso online – seu impacto sobre a demanda por papel moeda não deve ser relevante.
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Isso porque a emissão de papel moeda se dá por diversas necessidades e hábitos da população. São falsas as informações afirmando que o BC iria parar de emitir as cédulas.
O Drex é emitido em plataforma digital operada pelo BC, para transações de atacado (liquidação de transações entre instituições autorizadas), ou pelas instituições autorizadas pela instituição, para transações de varejo com seus clientes. O real tradicional, por sua vez, segue em circulação na economia e pode ser depositadas em bancos, cooperativas, instituições de pagamentos e demais instituições autorizadas.
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Além disso, a Secretaria desmentiu a informação de que o governo federal esteja criando o real digital para monitorar as transações financeiras da população. “Em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil desde 2020, o Drex obedece princípios e regras previstos na legislação brasileira, em especial pela Lei do Sigilo Bancário e pela Lei Geral de Proteção a Dados Pessoais”, destaca, em nota.
O Drex pretende permitir que vários tipos de transações financeiras sejam feitas de forma segura com contratos inteligentes. Esses serviços serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do BC, que é um ambiente em desenvolvimento utilizando a tecnologia de registro distribuído (DLT, na sigla em inglês).