A alta probabilidade de chuvas abaixo da média e temperaturas mais elevadas nos próximos meses, com consequente deterioração dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas e potencial aumento de demanda por energia elétrica, pode beneficiar geradoras como Copel (CPLE6), Eletrobras (ELET3) e Eneva (ENEV3), avalia o Itaú BBA.
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A expectativa considera, no caso das duas primeiras empresas, um portfólio descontratado e, no caso da Eneva, a projeção leva em conta a necessidade de mais geração termelétrica.
A Eletrobras, segundo agentes do mercado consultados pelo banco, já tem aproveitado a recente volatilidade de preços para vender energia, principalmente com entrega em 2025.
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“Acreditamos que as expectativas do mercado de um despacho térmico muito baixo por parte da Eneva não estão em linha com as projeções de ENA [Energia Natural Afluente] para os próximos meses. Para Eletrobras, a revisão para cima das estimativas de Ebitda para 2025 ainda não parecem estar precificados”, afirmam os analistas Fillipe Andrade, Marcelo Sá, Luiza Candiota e Victor Cunha.
Ainda segundo os analistas, há um “ceticismo significativo” entre alguns investidores sobre os preços futuros da energia, mesmo diante da tendência de alta observada nos últimos meses. Mas a expectativa é de que essa percepção diminua, segundo as condições atuais de geração, sobretudo hidrelétrica, que ainda responde pela maior fatia no País.
Os especialistas destacam que o solo da região Sudeste está muito seco, em níveis não vistos desde 2021 – ano da última crise hídrica – para esta época do ano. Embora os reservatórios da região pareçam estar em patamares confortáveis, o saldo do balanço hídrico ao fim do período úmido é o quarto pior desde 2005 até este ano.